Com cinco atletas com índices olímpicos individuais - Fabíola Molina (100 m costas), Flávia Delaroli (50 m livre), Daynara de Paula e Gabriella Silva (100 m borboleta), e Joanna Maranhão (400 m medley e 200 m borboleta), a equipe feminina da natação brasileira já supera as três de Atenas-2004 no número de atletas com índices individuais A.

Na edição passada das Olimpíadas, no entanto, a equipe ganhou 'caldo' com outras cinco nadadoras, que compuseram os revezamentos. Desta vez, o consolo também veio a calhar: com dois quartetos, o time pode elevar a nove o número de nadadoras olímpicas, com os 4 x 100 m livre e 4 x 100 m medley.

No 4 x 100 m livre, que caiu na água neste domingo, último dia de provas do Troféu Maria Lenk, Tatiana Lemos, e Michelle Lenhardt, que falharam nos 100 m livre; Monique Ferreira, que ficou fora nos 200 m e 400 m livres, estão muito perto da classificação. O tempo, de 3min43s16, é o atual 14º do ranking mundial, à frente de Japão (3min44s59) e Espanha (3min45s29), e atualmente a colocam em Pequim.

"É uma alegria que serve de consolo, já que melhorei meu tempo aqui no Troféu", disse Tatiana, que ficou a 10 centésimos do índice individual. "Sei que agora, com mais treinamento, dá pra melhorar mais ainda."

Flávia, veterana do quarteto com a 11ª colocação no 4 x 100 m livre de Atenas-2004, está animada. "As meninas já saíram da prova falando em final olímpica. Esse tempo ainda pode ser baixado, e tenho certeza de que todas vão trabalhar muito pra isso. O meu tempo mesmo, não foi tão bom, e vinte centésimos já fariam diferença no resultado final", contabiliza.

Michelle, que com o revezamento espera fazer sua primeira Olimpíada, era uma das mais emocionadas. "É um sonho que se realiza depois de tanto tempo de luta. Essa marca que fizemos é expressiva, e não acho que possam tirar a gente", disse, confiante.

No 4 x 100 m medley, que obteve 4min04s88 na sexta-feira e também está perto de Pequim, outra atleta, a especialista em peito Tatiane Sakemi, pode fazer sua estréia olímpica.

A única decepção ficou por conta do 4 x 200 m livre, que não terá a chance de repetir o aclamado sétimo lugar de quatro anos atrás.

Com 3/4 da equipe antiga, Joanna Maranhão, Monique Ferreira, Paula Baracho, e desta vez Tatiana Lemos, fez 8min13s01, marca muito acima da atual 16ª colocada e última classificada para Pequim, a Polônia, com 8min06s32. Com isso, Paula Baracho perdeu a chance de disputar sua segunda Olimpíada.

Nos revezamentos, estão classificados apenas as 12 equipes mais bem colocadas do Mundial de Melbourne do ano passado, e as outras quatro vagas em aberto são disputadas pelas demais seleções - se qualificam os times com os melhores tempos até 30 de junho, prazo máximo estipulado pela Fina.

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