Especialista em nado medley, Joanna Maranhão venceu neste sábado os 200 m borboleta no Troféu Maria Lenk, mas não repetiu o índice olímpico (2min10s84) feito no GP norte-americano de Stanford, e anotou 2min11s92. Mesmo assim, a recifense, que também conquistou vaga nos 400 m medley na seletiva, acredita que pode ter mais chances em Pequim fora de seu estilo preferido.
"Acho que consigo chegar nos 2min08, o que valeria uma semifinal em Pequim nos 200 m borboleta, o que ainda não acontece nos 400 m medley. Estou cansada depois de ter nadado também os 200 m costas e senti isso hoje, mas esse tempo ainda assim no borboleta é bem satisfatório", analisou a nadadora.
Na rotina de treinamentos da atleta, no entanto, nada deve mudar. "São provas muito parecidas. No medley, meu borboleta está mais forte, mas ainda não estou acertando o peito. Apesar de começar forte nas duas, ainda preciso melhorar minha resistência, e isso virá com os treinos", diz Joanna.
Seu técnico, Nikita, lembra que, quando a nadadora conseguiu o índice, nos EUA, não estava preparada para a prova. "O tempo saiu sem um treinamento específico do borboleta, o que comprova uma melhora geral, um crescimento dela, que está mais potente", diz o treinador, que ainda espera melhores tempos.
"Hoje, ela está competindo sem a carga total de treinamentos. Nesses meses que faltam, vamos acertar o treinamento, de fundista e, se não tivermos nenhum novo contratempo, ela pode melhorar ainda mais."
A prova de borboleta, que terminou sem novos índices olímpicos, só terá a nadadora como única representante brasileira. Joanna ainda tenta a terceira vaga, nos 200 m medley, e deve forçar já nas eliminatórias, que acontecem no sábado à tarde.
"Foi uma orientação do meu técnico, Nikita, para forçar hoje já para tentar esse índice, e não esperar até amanhã." No domingo, além da final, Joanna Maranhão nada o 4 x 200 m livre com a seleção brasileira, que faz nova tomada de índices para tentar uma vaga olímpica.