A conquista do índice olímpico no 400 m medley, prova que consagrou Joanna Maranhão nas Olimpíadas de Atenas, quando foi a quinta colocada, deu nova ambição à recifense, que tem agora uma meta audaciosa: competir em três provas em Pequim.
A segunda prova da nadadora é o 200 m medley, estilo que é sua especialidade. Mas, além disso, Joanna surpreendeu e obteve o índice olímpico durante sua temporada nos Estados Unidos, na disputa do GP de Stanford.
Como a competição não consta no calendário de competições oficiais estipulado pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), a classificação de Joanna ainda não foi homologada, mas pode ser. Se, após a prova no Maria Lenk, outras nadadoras não obtiverem o índice A, ela poderá nadar em Pequim.
"Estou confiante e quero levar o índice nas duas provas", disse a nadadora após vencer os 400 m livre. "Se não tivesse conseguido nos 400 m medley, não teria nadado hoje e descansado, mas vou arriscar tudo."
Visivelmente aliviada sem a pressão do índice, Joanna quer aproveitar o bom momento da competição. "Estou relaxada, dormi muito bem, nem parecia que tinha feito tanto esforço no dia anterior. Estou mentalizando para manter a concentração e a boa fase, e quero aproveitar cada chance que aparecer", disse.
Até agora, nenhuma nadadora tem índice para mais de uma prova nas Olimpíadas: Fabíola Molina está classificada nos 100 m costas, Flávia Delaroli nos 50 m livre, e Gabriella Silva e Daynara de Paula têm índice nos 100 m borboleta.