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08/05/2008 - 15h11

Com novo fôlego, natação feminina já supera índices individuais de Atenas

Fernanda Brambilla
No Rio de Janeiro
A quatro dias do fim da última seletiva olímpica da natação, o Troféu Maria Lenk, a natação feminina já ostenta novo status: se antes contava apenas com dois nomes consagrados, como Flávia Delaroli e Fabíola Molina, agora já tem cinco nomes na lista para Pequim, superando o número de nadadoras que conquistaram o índice A para provas individuais em Atenas-2004.

BRASILEIRAS EM PEQUIM
Satiro Sodré/Divulgação CBDA
Daynara de Paula é a surpresa brasileira nos 100 m borboleta
Satiro Sodré/Divulgação CBDA
Gabriella Silva também conquistou vaga olímpica nos 100 m borboleta
Satiro Sodré/Divulgação CBDA
Em Pequim, Joanna Maranhão participará de sua 2ª Olimpíada
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MONIQUE APOSTA NOS 400 M
THIAGO PEREIRA VENCE 400 M
GABRIELLA QUER MELHORAR
Do antigo grupo, que contava com Rebeca Gusmão, Flávia Delaroli (50 m livre) e Joanna Maranhão (400 m medley) são as remanescentes até agora. As novatas Gabriella Silva e Daynara de Paula, além de Fabíola Molina, veterana que volta à delegação após Sydney-2000, completam o grupo.

Mas a seleção não pensa em números. "Não importa o número, estamos pensando em qualidade. Por isso, estipulamos a exigência do índice A da Fina (Federação Internacional de Natação) para a definição dos atletas olímpicos. Daí seriam mais de 50 classificados", explica o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo De Moura. "Nossa preocupação não é só levar para a China, é chegar lá e ter resultado."

Um dos técnicos da seleção, Alberto Silva, o Albertinho, lembra que o trabalho com essas atletas começou há muito tempo. "O resultado é o fruto de um trabalho longo. Enquanto não saíram, ficou essa impressão de que seriam poucas, mas a gente, que acompanha, sabia que elas tinha condições, assim como outras atletas têm", comentou o treinador do Pinheiros.

De Moura endossa o discurso. "Não há dúvidas quanto à superioridade da equipe brasileira de hoje", diz o dirigente. "Nosso objetivo, no entanto, é fechar a delegação com um número entre 20 a 25 atletas."

Flávia vive a expectativa de novas colegas na seleção, e fez elogios aos talentos individuais. "Diferente de Atenas, nossa prioridade não é o revezamento. Não estamos descartando, mas em Atenas as meninas do 4 x 200 m foram muito bem", lembra a velocista, em referência ao sétimo lugar do revezamento que teve Paula Baracho, Monique Ferreira, Joanna Maranhão e Mariana Brochado. "Já esse ano é diferente, temos mais chance em provas individuais."

A classificação da novata Daynara Lopes surpreendeu até os treinadores. "Ela está em boa forma, forte, e vinha progredindo muito no último ano. As condições também ajudaram, ela aproveitou bem o ânimo da competição. Em seguida, a Gabriella foi no embalo, viu que a colega foi tão bem, e se superou mais", avaliou Albertinho.

Quatro anos atrás, Flávia (50 m livre), Rebeca (50 m e 100 m livre), Mariana Brochado (200 m livre), Joanna Maranhão (400 m medley) e Monique Ferreira (400 m livre) representaram o Brasil em provas individuais, mas apenas três delas foram para a competição com índices A. A delegação fez história ao competir com uma equipe repleta de oito atletas, que nadaram os revezamentos do 4 x 100 m (11º colocado) e 4 x 200 m livres (7º).

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