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24/04/2008 - 09h19

Mosiah nega dependência por Diego e pede apoio à ginástica masculina

Paula Almeida
Em São Paulo
Ao contrário da ginástica feminina, que nos últimos anos triunfou com Daiane dos Santos, Daniele Hypólito, Laís Souza e agora Jade Barbosa, a modalidade masculina brasileira tem poucos destaques no cenário internacional, vendo todos os seus sucessos recentes partirem de Diego Hypólito. Apesar disso, Mosiah Rodrigues, o mais experiente da equipe, rechaça uma dependência em relação ao bicampeão mundial do solo.

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"Não vejo uma dependência. Acho que nossa equipe é forte, foi vice-campeã no Pan. É claro que o Diego tem títulos, é campeão mundial. Mas a vaga olímpica foi conquistada pela nossa equipe", lembra o gaúcho, referindo-se ao 17º lugar obtido no último Mundial. Ele reconhece, porém, o grande momento vivido por Diego. "Vai [para Pequim] quem estiver melhor, e é ele mesmo. Ele tem reais chances de medalha, é um finalista mundial".

Para Mosiah, o pouco destaque da ginástica masculina brasileira no cenário internacional deve-se, sobretudo, à desigualdade de tratamentos dentro do país. "A ginástica feminina tem um apoio muito maior, no geral. Para mudar isso, tem que começar não na seleção, mas nos treinamentos, fazer um trabalho de base igual para todos", aponta o ginasta, ressaltando que as disputas masculinas são mais acirradas. "Mundialmente, o nível da ginástica feminina é mais defasado, porque no masculino, como os atletas competem com mais idade, tem muita gente boa competindo ao mesmo tempo".

O sucesso das ginastas brasileiras fora do país aprofundou-se depois da formação de uma seleção permanente em Curitiba, sob o comando do técnico ucraniano Oleg Ostapenko. Apesar disso, Mosiah não vê esse ponto como o grande trunfo da equipe feminina em relação à masculina. "Não sei como seria [treinar em conjunto]. Mas um pólo só de treinamento eu não acho muito legal. Acho que o Brasil tem meios para fazer outros centros além desse único".

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