Oito pessoas do grupo Alperen Ocaklari, que luta pela independência do Turquistão Oriental, região pertencente a província chinesa Xinjiang, e que tem maioria turca e religião islâmica, foram presas durante o revezamento da tocha olímpica em Istambul, na Turquia, nesta quinta-feira.

Um homem tentou agarrar a tocha olímpica quando o objeto era carregado pela patinadora Tugba Karademir. Com o esquema de segurança reforçado que foi armado na cidade turca, os policiais conseguiram deter o manifestante e evitaram maiores problemas.

Como tem sido habitual, o revezamento da tocha foi palco para vários tipos de protestos na Turquia. Durante o trajeto, manifestantes exibiram uma camiseta com a inscrição "direitos humanos na China" em turco. Também foram ouvidos gritos contra o governo de Pequim.

Os protestos contra a China começaram já na cerimônia de acendimento da tocha olímpica, no último dia 24 de março, na cidade de Olímpia (Grécia). Um grupo da Organização Repórteres Sem Fronteiras conseguiu invadir o local do evento com uma camiseta que tinha os anéis olímpicos em forma de algema.

O clima de animosidade contra os Jogos Olímpicos de Pequim se acirrou nas últimas semanas por causa da repressão violenta à população do Tibete, que luta contra a ocupação chinesa.

Depois de passar pela Grécia, o fogo olímpico foi para Pequim na última segunda-feira e, antes de chegar a Istambul, passou por Almaty, no Cazaquistão.

Paris, que vai receber o revezamento na próxima segunda-feira já anunciou que vai fazer um protesto oficial contra a violação dos direitos humanos na China. O prefeito da capital francesa, Betrand Delanoé anunciou que uma bandeira será colocada em frente à prefeitura na passagem da tocha. A faixa terá o texto: "Paris defende os direitos humanos por todo o mundo".

*Atualizada às 14h32

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