Única nadadora brasileira já com vaga garantida nas Olimpíadas (nos 50 m livre), Flávia Delaroli relembrou sua passagem pelas instalações olímpicas de Pequim durante o evento-teste de fevereiro, e garantiu estar deslumbrada com o Cubo D'Água, local das competições da natação.
"A estrutura é fantástica e a piscina é perfeita. Eu fiquei impressionada com o tamanho e a grandiosidade de tudo. Está tudo muito bonito, além das necessidades dos atletas", afirmou.
Apesar dos elogios, Delaroli também fez críticas a determinados pontos do Cubo D'Água. "A área da piscina de soltura (onde os nadadores descansam após as provas) é pequena, e faltou um pouco de cuidado. Lá tem só dois banheiros, e em cada um deles são três fossas e apenas uma privada. Achei isso bem estranho", relembrou.
Outro fator curioso para a brasileira foi a cor escolhida para o local das provas de natação: o branco. "É um complexo novo, mas achei estranho porque para os chineses, branco é a cor dos funerais", acrescentou.
A respeito da preocupação de muitos atletas com a poluição recorrente em Pequim, a atleta brasileira explicou que não sentiu muita diferença quando viajou para a cidade chinesa no último mês.
"Nós da natação somos um pouco privilegiados, porque treinamos e competimos em um complexo com ar purificado. Acho que nos afeta mais a baixa umidade do ar do que a poluição em si", justificou Delaroli.
Preocupada com a sua alimentação durante as Olimpíadas, Delaroli prefere não arriscar com as comidas exóticas, e já tem tudo preparado. "Para não ter que comer nada estranho, sempre levo na mala umas latinhas de atum, shakes de proteína. Sou muito prevenida", finalizou a nadadora.