UOL Olimpíadas 2008 Notícias

13/03/2008 - 08h45

Monsalve dá enfoque a preparo físico e cobra dedicação de astros

Giancarlo Giampietro
No Rio de Janeiro
O técnico Moncho Monsalve mal assumiu a seleção brasileira e já trabalha com a possibilidade de um cenário nebuloso para a disputa das últimas três vagas olímpicas masculinas para Pequim-2008 no basquete. Não que ele sinta qualquer tipo de pena por seu trabalho diante de possíveis desfalques.

Na preparação para o Pré-Olímpico Mundial, em Atenas, em julho, o treinador quer dar prioridade, além do psicológico, ao preparo físico do time. E isso pode significar em um grande desgaste para alguns de seus principais homens.

Tanto o Phoenix Suns, de Leandrinho, e o Cleveland Cavaliers, de Anderson Varejão, apostam um número considerável de fichas na briga pelo título da NBA. Ambas as franquias se envolveram em megatrocas para reforçar a urgência de suas campanhas.

Se as negociações derem certo, um dos - ou os - dois brasileiros podem se ver comprometidos com suas equipes até o início de junho. Bem próximo da data de apresentação marcada para a seleção - 8 de junho, no Rio de Janeiro.

Sem contar o pivô Tiago Splitter, que o espanhol prevê ver na final da Liga ACB, com o TAU Cerámica. Nesse caso, ele poderia estar comprometido até o dia 8 de junho. "Temos primeiro de saber quais as condições físicas, sem abrir precedentes. E o que faremos? Teremos de conversar sobe o que pensam a respeito. "O fundamental é chegar com uma ótima condição física. Com isso e entre 35 e 40 treinos, é possível jogar bem."

Monsalve lembrou os percalços enfrentados pela seleção no ano passado, antes do fracasso em Las Vegas. "Ninguém falou muito das condições da preparação do time de Lula. Ela não foi fácil, com muitos jogadores com problemas físicos", disse. Na ocasião, Leandrinho precisou ser poupado de treinos, Guilherme Giovannoni passou por uma cirurgia ortodôntica, Alex Garcia fraturou a mão e Nenê ficou muito tempo parado devido à pendenga com os Nuggets para a liberação de seu seguro.

Mas o espanhol não está pronto a se martirizar. O desgaste brasileiro também será o de seus rivais - Alemanha, Croácia, Eslovênia e Grécia, os principais concorrentes, também têm jogadores espalhados pela elite dos clubes.

"Todos os times de alto nível têm muita dificuldade. Ninguém fica mais do que cinco semanas, como a Espanha fará neste ano. A Grécia ficará quatro, assim como a Alemanha, cujo técnico Dick Baumann sou grande amigo", afirmou.

Moncho planeja uma preparação entre 35 a 40 sessões de treino, em 27 dias. Boa parte desse programa será cumprida no Rio - e apenas o restante na Grécia, para o Torneio de Acrópole, amistoso, entre os dias 7 e 9 de julho.

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