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03/03/2008 - 09h25

Equipe brasileira de judô para Pequim está praticamente definida

Por Luís Ferrari
Da Folhapress
Em São Paulo
A comissão técnica do judô nacional não precisará, praticamente, recorrer a critérios subjetivos para anunciar a equipe que irá à Olimpíada de Pequim.

FEMININO À FRENTE
EFE
A exemplo do que ocorreu no Pan pela primeira vez no judô brasileiro, as mulheres encerraram o tour europeu à frente dos homens no quadro de medalhas. Foram um ouro e um bronze contra dois bronzes.

A responsável pela liderança é Mayra Aguiar, 16, (foto) que venceu a Copa do Mundo de Varsóvia. A médio, que despontou com a prata no Pan, teve desempenho brilhante na Polônia. Após três vitórias por ippon, bateu a chinesa Dou Shumei por yuko na final.
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Depois dos eventos na Europa, em só três das 12 categorias de peso indefinidas até o momento os rivais tiveram performance parelha. E só em uma, o ligeiro masculino, os concorrentes tiveram as mesmas posições.

Nas demais nove categorias, um judoca abriu vantagem sobre o outro, o que facilita a missão dos técnicos, que devem revelar os titulares até o dia 21.

Bom para os medalhistas no Mundial do Rio-07. Além de entrarem na disputa à frente, Tiago Camilo, Luciano Corrêa e João Gabriel Schlittler venceram mais lutas que os rivais e, pelos critérios, serão titulares.

O meio-leve João Derly, ouro no Pan e no Mundial, já estava garantido, assim como Érika Miranda, prata no Pan e quinta no Mundial -os critérios do feminino eram menos exigentes.

Nas classes em que uma definição mediante comparação dos resultados não se impõe, isso ocorre por motivos distintos, no masculino e no feminino.

Enquanto Alexandre Lee e Denilson Lourenço tiveram desempenhos razoáveis, os confrontos no meio-médio e pesado femininos são quase para definir quem foi menos pior.

Os judocas do ligeiro tiveram "classificação" (ficaram entre os nove melhores) nas quatro etapas da seletiva -Supercopas de Paris e Hamburgo e Copas de Viena e Praga. Foi a única categoria em que isso ocorreu. Lourenço, porém, venceu seis lutas, contra quatro de Lee.

Já Danielli Yuri (-63 kg) e Priscila Marques (+78kg) estão em vantagem sobre as rivais, mesmo tendo vencido só uma luta em dois torneios. É que as adversárias só perderam.

A Confederação Brasileira de Judô tem a chance de dirimir as últimas dúvidas. Poderá inscrever dois judocas de cada categoria no Aberto de Nova York, no próximo final de semana.

Até agora, o país tem cinco categorias garantidas em Pequim -meio-leve, meio-médio, meio-pesado e pesado (masculino) e meio-leve (feminino).

O Brasil, porém, deve ter atleta em quase todas as classes. A exceção pode ser o pesado feminino, mal posicionado no ranking da América. A definição das vagas (além de ser garantida no Mundial-07 para os cinco primeiros de cada categoria) é feita pelo ranqueamento feito da União Pan-Americana.

A equipe olímpica deve ter grande renovação em relação a Atenas-04. Só dois veteranos parecem garantidos: Leandro Guilheiro e Edinanci Silva, que ficou em quinto na Copa de Varsóvia, o que assegura sua quarta Olimpíada. Lee e Vânia Ishii podem engrossar a lista.

Contudo, Danielle Zangrando e Daniela Polzin, que estiveram em Atenas, devem perder a vaga. Elas tiveram resultados inferiores aos de Ketleyn Quadros e Sarah Menezes.

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