Após estudo, Tóquio cogita cortar gastos dos Jogos Olímpicos de 2020

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"Vejo vocês em Tóquio", mostrou o Brasil na cerimônia de encerramento da Rio-2016

A cidade de Tóquio deve reduzir drasticamente os custos de três instalações olímpicas dos Jogos de 2020 - anunciou nesta quinta-feira (29) a nova governadora da capital japonesa, Yuriko Koike.

Um grupo de universitários e empresários entregou a Koike um relatório com uma lista de propostas, entre elas a reformulação das sedes da natação, do vôlei e da estrutura de remos e canoagem, cujo custo é avaliado em 1,34 bilhão de euros.

Eleita no fim de julho e conhecida por não medir as palavras, a ex-ministra e senadora, que recebeu a bandeira olímpica das mãos do prefeito Eduardo Paes na cerimônia de encerramentos dos Jogos do Rio, pediu uma revisão do orçamento do evento.

De acordo com o painel que redigiu o relatório, o orçamento global pode superar 3 bilhões de ienes (cerca de 27 bilhões de euros).

"Eu levo esse relatório muito a sério. Depois de conversar com outras pessoas responsáveis pelos Jogos, tomarei uma decisão o quanto antes. Não podemos deixar esse fardo de legado para os moradores de Tóquio", avisou a governadora, que é a primeira mulher a ocupar o cargo.

O professor Shinichi Ueyama, da Universidade de Keio, que foi um dos redatores do relatório de 97 páginas, avisou que o custo dos Jogos - inicialmente avaliado em 734 bilhões de ienes - pode acabar sendo quatro vezes maior.

"Por mais incrível que pareça, não existe diretor financeiro para controlar o orçamento", alertou.

A quatro anos dos Jogos, não faltam polêmicas na capital japonesa. O estádio olímpico ainda não saiu do papel, já que o projeto inicial foi cancelado, por ser considerado caro demais.

O logotipo oficial também teve de ser abandonado, por conta de acusações de plágio.

A própria vitória na eleição que definiu a sede, em setembro de 2013, é manchada por acusações de corrupção, investigadas pela Justiça francesa.