Processada, emissora da Olimpíada diz ter as melhores práticas de trabalho

Do UOL, no Rio de Janeiro
REUTERS/Ricardo Moraes
OBS foi responsável pela transmissão de imagens das cerimônias da Rio-2016

A OBS (Olympic Broadcasting Service) se pronunciou nesta terça-feira (20) sobre o bloqueio de seus bens e contas pela Justiça brasileira. A empresa, criada em 2001 pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para gerar de imagens da Olimpíada e Paraolimpíada para todo mundo, disse que está tomando todas as providências legais para sua defesa. Informou ainda que “orgulha-se de garantir condições de trabalho correspondentes às melhores práticas de trabalho da indústria a nível internacional para os profissionais que participam de sua operação”.

Na última sexta-feira (16), a Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro determinou reteve o equivalente a R$ 5 milhões da OBS a pedido do MPT (Ministério Público do Trabalho). O valor inclui recursos financeiros, caminhões e outros equipamentos da empresa.

A decisão, assinada pela juíza Alba Valéria Guedes Fernandes da Silva, da 80ª Vara do Trabalho, foi tomada ao ficar constatado que a empresa cometeu algumas irregularidades em sua atuação e não estava respeitando a carga de trabalho diária de 10 horas previstas em contrato com os funcionários contratados de forma temporária.

Para a juíza, trabalhadores lesados pela OBS podem vir a processar a empresa. Visando a evitar que ela deixe o país sem arcar com possíveis indenizações, é que a Justiça decidiu bloquear os recursos da OBS.

Em comunicado, a OBS informou que a transmissão dos Jogos Olímpicos envolveu os esforços de mais de 7.000 profissionais de mais de 70 países, incluindo um grande número de brasileiros. Esses trabalhadores foram beneficiados pelos “esforços extraordinários” que a empresa faz contribuir para o desenvolvimento da indústria de mídia nas cidades-sedes dos Jogos.

A OBS confirmou que já está ciente do processo contra a empresa. Não se pronunciou especificamente sobre a ação. “Em respeito ao procedimento legal em curso, a empresa não fará qualquer comentário relacionado ao processo enquanto o mesmo estiver em juízo”, declarou.