Tênis

Nadal admite uso de substância com permissão e diz que não se dopou

KEVIN LAMARQUE/REUTERS
Rafael Nadal durante partida contra Kei Nishikori imagem: KEVIN LAMARQUE/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

O tenista Rafael Nadal afirmou nesta segunda-feira que não cometeu nenhuma violação do código antidoping ao fazer uso de duas substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada) pois havia recebido uma isenção médica da Federação Internacional de Tênis.

"Quando alguém pede permissão e ela é dada, deixa de ser ilegal. Me deram uma permissão para tomar um medicamento para uma lesão no joelho", afirmou o jogador durante o evento de um patrocinador.

Nadal deu esta explicação após o grupo de hackers russo Fancy Bears divulgar documentos confidenciais que apontam que o espanhol tinha licença terapêutica para utilização de tais substâncias.

O uso aconteceu em duas oportunidades, nos anos de 2009 e 2012. A autorização é assinada por Stuart Miller, médico da Federação Internacional de Tênis.

Na primeira oportunidade, Nadal fez uso de Betametasona, um medicamento com ação anti-inflamatória, antialérgica e antirreumática. Na segunda, usou um corticoide de nome tetracosactida.

"Temos o melhor controle antidoping possível no mundo do tênis. Confio 100% na agência que cuida dos esportistas e acredito que todos os adversários estão limpos", completou o tenista.

Vinda ao Rio foi decidida no "último dia"

Nadal declarou que só se decidiu pela presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no último dia possível, devido às dúvidas sobre sua condição física após uma lesão no punho esquerdo.

"Não sei se arrisquei demais. Muitas vezes, forcei demais, e algumas vezes tudo correu bem, mas em outras não. Sempre preciso buscar o limite. Fazemos o que sentimos naquele momento", disse.

Questionado sobre quando encerrará a carreira, o espanhol, de 30 anos, deixou claro que não tomou qualquer decisão sobre data, mas que não está preocupado com a aposentadoria.

"As coisas acontecem quando têm que acontecer. Sou feliz fazendo o que faço, sou competitivo e estou feliz de jogar. Quando chegar o momento, eu saberei e assumirei isso, mas é algo que não se pode prever".

Com informações da agência EFE

Topo