Barulho de torcida no Engenhão já cancelou até largada na Paraolimpíada

Bruno Braz
Do UOL, no Rio de Janeiro
Bruno Braz / UOL Esporte
'Bandeirões' de patrocinadores da Rio-2016 ocupam assentos vazios no Engenhão

Entusiasmados com a Paraolimpíada, os torcedores que estão comparecendo ao Engenhão para o atletismo têm dado um pouco de trabalho para os profissionais envolvidos nas provas. Os gritos de apoio aos brasileiros têm feito o locutor, por diversas vezes, pedir silêncio em competições que exigem concentração dos atletas.

Na última terça-feira (13), por exemplo, uma prova dos 100m chegou a ter sua largada cancelada em virtude do barulho e alguns estrangeiros que estavam competindo se mostraram visivelmente incomodados. Na manhã desta quarta, torcedores puxaram a tradicional "ola" bem na hora da largada e, com o insucesso no pedido de silêncio no sistema de som, a partida foi dada assim mesmo.

O brasileiro Edson Pinheiro, bronze nos 100 metros na classe T38 (paralisados cerebrais) chegou a colocar a situação como um ponto a seu favor. "Acho que os estrangeiros sentiram um pouco o calor. Eles estavam com toalhas de gelo nas costas. Outro fator que eu acho que eles sentiram foi o barulho da torcida me apoiando", declarou.

Prata no salto em distância, Mateus Evangelista chegou a pedir calma aos torcedores antes de seu último salto na terça. O salto em distância para cegos, por exemplo, precisa de silêncio total para que os atletas ouçam o contar das passadas do treinador. Já nas provas de corrida, a exigência é somente na largada.

Nas Olimpíadas, vaias causaram polêmica

Se na Paraolimpíada há alguns imprevistos com a falta de silêncio, na Olimpíada a polêmica ficou com as vaias. O caso mais emblemático envolveu a disputa pelo ouro entre o brasileiro Thiago Braz e o francês Renaud Lavillenie. O estrangeiro ficou visivelmente contrariado e fez duras críticas ao comportamento da torcida.