Rio reduz festas, interdições e ônibus especiais para Paraolimpíada
Faltando oito dias para o início dos Jogos Paraolímpicos de 2016, a Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou o esquema de operação da cidade para o evento. Festas, interdições de ruas e o número de linhas de transporte especiais foram reduzidos levando em conta que o número de atletas, turistas e jornalistas que virão à capital será menor do que na Olimpíada.
De acordo com o secretário municipal de Governo, Rafael Picciani, 4350 esportistas de 160 países devem disputar a Paraolimpíada de 2016, que acontece entre o dia 7 e 18 de setembro. Na Olimpíada, foram 11 mil atletas, de 206 nações.
Os atletas olímpicos disputaram 42 modalidades, em 32 locais de competição. Já os paraolímpicos disputarão 22 modalidades, em 21 arenas.
Picciani lembrou também que, na Olimpíada, 27 mil profissionais da imprensa trabalharam no Rio. Já na Paraolimpíada, cerca de 4 mil estarão atuando.
Considerando todos esses números, ele mesmo afirmou que o esquema de operação da cidade será menos restrito. "Construímos uma operação para preservar o cotidiano das pessoas, mas haverá algumas restrições", disse o secretário. "Agora, temos que lembrar que na Paraolimpíada não haverá férias escolares nem feriados. Por isso, é preciso ter atenção às recomendações."
Por conta de provas de ruas que acontecerão em sete dias do evento, avenidas e áreas da zona oeste e zona sul terão tráfego restrito. Mesmo assim, as interdições serão menores do que nos Jogos Olímpicos.
A extensão das faixas de ruas e avenidas destinadas exclusivamente ao tráfego de veículos credenciados também será menor (um trecho da Linha Amarela será liberado, por exemplo). O número de linhas de ônibus expressos especiais para transporte de espectadores até as áreas olímpicas cairá de quatro para duas. Todas as informações estão no site cidade olimpica.rio.
Extinto Boulevard Olímpico em Madureira
Segundo a prefeitura, não haverá festa e telão para o acompanhamento de competições paraolímpicas no Parque de Madureira, diferentemente do que aconteceu na Olimpíada. Estão mantidos só os chamados Boulevares Olímpicos na região portuária do Rio e em Campo Grande, bairro do subúrbio.
O secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro, disse que shows gratuitos estão programados para ocorrerem em ambos os espaços durante a Paraolimpíada. A programação completa não foi divulgada.
Pedro também não divulgou o número de turistas que o Rio deve receber na Paraolimpíada. Confirmou que a quantidade é bem menor que a verificada nos Jogos Olímpicos.
O secretário de Turismo disse ainda que a prefeitura esforçou-se para deixar mais acessível os pontos da cidade estratégicos para o evento. Já Picciani reconheceu que nem todas as áreas da cidade estão adaptadas para pessoas com deficiência.
"A acessibilidade é um desafio para qualquer cidade do mundo", disse Picciani. "Muito ainda precisa ser realizado para que tenhamos uma cidade completamente acessível."