Paraolimpíadas

Porta-bandeira paraolímpico brasileiro será escolhido por votação

Daniel Zappe/MIX/CPB
Paulinho Vilhena, Cléo Pires e José Victor Oliva são embaixadores do Comitê Paralímpico Brasileiro imagem: Daniel Zappe/MIX/CPB

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O porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de abertura da Paraolimpíada Rio-2016 será escolhido em votação, até o próximo domingo (4), pelos 287 atletas da delegação que vão disputar os Jogos, entre os dias 7 e 18 de setembro.

"A gente achou que seria muito mais bacana que nossos atletas pudessem escolher seu representante na festa. Queríamos a participação de todos", explicou Edilson Alves da Rocha, o Tubiba, chefe de missão do Brasil nos Jogos do Rio.

São 19 candidatos de 6 modalidades. Só estão na disputa atletas que tenham ganho ao menos uma medalha de ouro e que irão competir no dia seguinte à festa, no Maracanã, no dia 7. Isso exclui os velocistas Teresinha Guilhermina e Alan Fonteles e o nadador Daniel Dias, maior medalhista da história do Brasil, com 15 pódios, pelo mesmo motivo. Daniel Dias foi o porta-bandeira do Brasil em Londres-2012.

O Brasil tem como objetivo chegar entre os cinco primeiros países no quadro de medalhas. Em Londres-2012, com 182 atletas na delegação, o país terminou em sétimo lugar, com 43 medalhas (21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze).

Confira os principais candidatos a porta-bandeira:

Felipe Gomes: Ouro (200m) e bronze (100m) em Londres-2012. O velocista começou a perder a visão aos 6 anos devido a um glaucoma congênito, seguido de catarata e de descolamento da retina.

Lucas Prado: Três ouros em Pequim-2008 (100m, 200m e 400m) e duas pratas em Londres-2012 (100m e 400m). Velocista perdeu a visão em 2002, após descolamento de retina.

Roseane Ferreira: Dois ouros em Sydney-2000 (lançamento de disco e arremesso do peso). Essa é a quarta paralimpíada de Rosinha, que perdeu a perna esquerda após um atropelamento.

Shirlene Coelho: Ouro em Londres-2012 e prata em Pequim-2008 (lançamento de dardo). Atleta teve paralisia cerebral (hemiplegia) ainda em sua gestação, afetando alguns movimentos.

Yohansson Nascimento: Ouro (200m) e prata (400m) em Londres-2012, prata (revezamento 4x100m) e bronze (100m) em Pequim-2008. O corredor nasceu sem as duas mãos.

Dirceu Pinto: Quatro ouros na bocha em Pequim-2008 e Londres-2012 (individual e em duplas). Tornou-se cadeirante por causa de uma doença degenerativa muscular.

Eliseu Santos: Ouro (dupla) e bronze (individual) na bocha (dupla) em Pequim-2008 e em Londres-2012. Perdeu os movimentos dos membros superiores por um distrofia muscular.

Maciel Santos: Ouro na bocha em Londres-2012 (individual). Ele nasceu com paralisia cerebral.

Jovane Guissone: Ouro na esgrima em Londres-2012 (espada). Ele teve lesão medular por causa de disparo de arma de fogo em assalto.

Cassio Reis: Ouro em Londres-2012 com a seleção do futebol de 5. Um descolamento de retina seguido de catarata tirou sua visão.

Damião Robson: Dois ouros com a seleção de futebol de 5, em Atenas-2004 e Pequim-2008. Perdeu a visão após acidente com arma de fogo.

Gledson Barros: Ouro em Londres-2012 com a seleção do futebol de 5. Uma atrofia no nervo óptico de Gledson tirou sua visão aos 6 anos.

Jeferson Gonçalves: Dois ouros com a seleção de futebol de 5, em Pequim-2008 e em Londres-2012. O melhor jogador do mundo em 2010 perdeu a visão aos 7 anos (glaucoma).

Raimundo Nonato: Ouro em Londres-2012 com a seleção do futebol de 5. Nonato nasceu praticamente sem enxergar devido a uma retinose.

Ricardo Alves: Dois ouros com a seleção de futebol de 5, em Pequim-2008 e em Londres-2012. Foi eleito o melhor jogador do mundo em 2006 e em 2014. Perdeu a visão por causa de um descolamento da retina aos 6 anos.

Severino Gabriel: Três ouros com a seleção de futebol de 5, em Atenas-2004, Pequim-2008 e em Londres-2012. Ele nasceu com glaucoma e ficou cego gradativamente.

Antônio Tenório: Quatro ouros no judô (100kg), em Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004 e em Pequim-2008, além de um bronze em Londres-2012. Perdeu a visão do olho esquerdo por causa de um descolamento de retina e do direito por causa de uma infecção.

André Brasil: Sete ouros na natação e três pratas (Pequim-2008 e Londres-2012). Ele teve poliomielite aos três meses de idade (reação à vacina) que deixou sequela na perna esquerda.

Clodoaldo Silva: Seis ouros (Atenas-2004), seis pratas (Pequim-2008, Atenas-2004 e Sidney-2000) e um bronze (Sidney 2000) na natação. Teve paralisia cerebral, ao faltar oxigênio no parto, perdendo o movimento das pernas.

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