Paraolimpíadas

À Playboy, nadadora paraolímpica relembra carreira e cita vaidade

Deco Cury/Playboy
A nadadora paraolímpica Camille Rodrigues, em ensaio para a Playboy imagem: Deco Cury/Playboy

Do UOL, em São Paulo

A revista Playboy divulgou nesta quarta-feira a reportagem com a nadadora paraolímpica Camille Rodrigues, convidada pela publicação para ser destaque da edição que vai às bancas no bimestre agosto/setembro – justamente durante da disputa dos Jogos Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Camille, que teve a perna direita amputada antes dos três anos em decorrência de um problema congênito de má-formação, não estará na capa da revista – o posto será da modelo e atriz Pathy Dejesus. Nas fotos para a revista, a nadadora de 24 anos não posa nua.

“Quando vocês me ligaram para marcar, achei que era um convite para fazer o ensaio de capa e pensei: ‘Uau, uma deficiente na capa! Vou arrasar!”, contou a atleta.

Camille começou a nadar aos 14 anos, quando ainda morava na cidade de Santo Antônio de Pádua (RJ), onde nasceu. Desde então, passou a colecionar recordes e próteses - é dona de quatro modelos adaptados para diferentes situações do dia a dia, que permitem a ela desde um simples banho até passear de salto alto.

Tempos bem diferentes dos vividos na infância e na adolescência, quando tinha próteses fornecidas pelo SUS. "Eu era muito arteira quando criança, quebrei várias próteses. Meu pai tinha que se virar para consertá-las", conta. "As pessoas criticam o SUS, mas eu sobrevivi muito bem com a perna deles por 18 anos, e só tenho a agradecer."

Para a Paraolimpíada do Rio de Janeiro, Camille intensificou a rotina de treinos, exercitando-se por até seis horas. “Minha maior preocupação é dar meu melhor: melhores tempos, melhores colocações. É a maior disputa da minha carreira, e tem o fator de estar em casa”, diz a competidora fluminense, que disputara os Jogos Paraolímpicos pela primeira vez.

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