Olimpíadas 2016

O que mostra o quadro de medalhas da Rio-2016 em dez fatos

Fábio Aleixo

Do UOL, no Rio de Janeiro

A Olimpíada do Rio chegou ao fim no domingo com 974 medalhas distribuídas ao longo de duas semanas de disputas. Foram 307 ouros, 307 pratas e 360 bronzes. Os Estados Unidos mais uma vez lideram a disputa seja por total de pódios ou primeiros lugares.

A delegação brasileira não conseguiu cumprir a meta estabelecida pleo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e terminar entre os dez melhores pelo total de medalhas, mas teve o melhor desempenho de sua história, com um total de 19 pódios, (com sete ouros, seis pratas e seis bronzes).

O UOL Esporte mostra dez curiosidades que marcaram o quadro de medalhas.

1- 42% das delegações saíram com medalhas dos Jogos

David Rogers/Getty Images
imagem: David Rogers/Getty Images

Das 207 delegações que competiram na Olimpíada do Rio - incluindo a equipe de atletas independentes e refugiados - 87 conseguiram marcar o nome no quadro de medalhas. 
 
Destas 87, 10 acabaram empatadas na última colocação com apenas um bronze: Áustria, Emirados Árabes Unidos, Estônia, Finlândia, Marrocos, Moldávia, Nigéria, Portugal, República Dominicana, Trinidad e Tobago.
 
Nos Jogos de Londres, em 2012, o índice foi praticamente o mesmo, com 85 países em 204 garantindo ao menos um pódio.
 
Os 87 países no pódio, porém, são um recorde da história das Olimpíadas.
 

2 - Alemanha "roubou" três ouros do Brasil e impediu top 10 

Quinn Rooney/Getty Images
imagem: Quinn Rooney/Getty Images


Foram quatro duelos diretos entre Brasil e Alemanha e, com exceção do futebol, os alemães levaram a melhor em três finais e deixaram os brasileiros com prata. Foram duas na canoagem (C1 1.000m e C2 1.000m) e no vôlei de praia feminino, com o triunfo de Laura Ludwig e Kira Walkenhorst sobre Ágatha e Bárbara Seixas. Não fossem estas derrotas, o país poderia ter chegado a dez ouros e acabado na oitava colocação neste critério.
 

3 - Argentina faz a sua melhor campanha desde 1948

Clive Brunskill/Getty Images
imagem: Clive Brunskill/Getty Images

Os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul também foram bem aproveitados pela Argentina. O país teve o seu melhor desempenho desde a Olimpíada de 1948, em Londres, pelo total de ouros.
 
No Rio de Janeiro foram três: hóquei sobre a grama (masculino), judô (feminino) e vela (mista). O país ainda ganhou uma prata no tênis.

Há quatro anos, em Londres, os argentinos levaram um ouro, uma prata e dois bronzes.
 

4 - EUA mais dominantes. Com destaque para as mulheres

Elsa/Getty Images
imagem: Elsa/Getty Images

Com a maior delegação feminina de sua história - 299 atletas entre os 563 representantes - os Estados Unidos tiveram as mulheres conquistando nove ouros mais do que os homens: 27 a 18. Houve ainda uma em competição mista (dupla do tênis).
 
Os homens americanos, inclusive, conquistaram um ouro a menos do que os do Reino Unido.

Entre as mulheres americanas, destaque para Katie Ledecky e Simone Biles, com cinco medalhas cada.
 
As 121 medalhas ganhas pelos Estados Unidos no Rio foi a maior quantidade desde os Jogos de Los Angeles-1984, quando faturou 174.
 

5 - Cuba em decadência tem menor número de medalhas em 36 anos

Ryan Pierse/Getty Images
imagem: Ryan Pierse/Getty Images

Cuba teve o seu pior desempenho em todas as edições desde Moscou-1980 levando em conta o total de medalhas. Foram somente 11 conquistadas, sendo cinco de ouro (no boxe e na luta olímpica).
 
Em Londres-2012, os cubanos haviam totalizado 15 medalhas, sendo as mesmas cinco de ouros. 
 

6 - China deixa o top 2 depois de três Olimpíadas

 Clive Rose/Getty Images
imagem: Clive Rose/Getty Images

Considerando o total de ouros (26 de seus 70 pódios), a China não ocupou a primeira ou segunda posição do quadro de medalhas pela primeira vez desde Sydyney-2000, quando foi terceira, mesma posição de agora. Com os Estados Unidos disparados na ponta, quem roubou o segundo lugar dos chineses foi o Reino Unido.

7 - Reino Unido tem a melhor campanha desde 1908

Bryn Lennon/Getty Images)
imagem: Bryn Lennon/Getty Images)

Sede da última edição da Olimpíada, o Reino Unido mostrou que o sucesso de Londres não foi passageiro. Apesar de ter conquistado dois ouros a menos (27 a 29), obteve dois pódios a mais  (67 a 65). O número total de medalhas dos britânicos é o maior desde 1908, quando também sediaram a competição e levaram 146.

A nação também manteve a tradição de ser a única de ter ao menos uma medalha de ouro em cada edição. 

8 - Japão é única cara nova no top 10 por medalhas de ouro

Toru Hanai/ REUTERS
imagem: Toru Hanai/ REUTERS

Em relação há quatro anos, o Japão foi o único país que conseguiu entrar no grupo dos 10 melhores pelo total de ouros. O país, que sediará a próxima edição dos Jogos, terminou com 12 ouros, oito pratas e 21 bronzes (41 no total). Roubou o lugar que era da Hungria e terminou em 12ª.
 
Esta foi a melhor campanha da história do país, superando por três medalhas e cinco ouros o que havia feito nos Jogos de Londres-2012.
 
O Japão viu também Kaori Icho, da luta olímpica, se tornar a primeira mulher a ganhar quatro ouros consecutivos em quatro edições da competição. 
 

9 - Kosovo fez estreia olímpica e já conseguiu um ouro

Le Segretain/Getty Images
imagem: Le Segretain/Getty Images

Em sua primeira participação, a pequena nação europeia teve um título olímpico. Ele veio por meio da judoca Majlinda Kelmendi na categoria até 52 kg. Os outros sete competidores.
 
A Rio-2016 marcou também a primeira vez no pódio de outras duas nações: Jordânia (ouro no taekwondo) e Fiji (ouro no rúgbi de sete).
 

10 - Britânico foi o medalhista mais velho no Rio

Mike Ehrmann/Getty
imagem: Mike Ehrmann/Getty

O cavaleiro Nick Skelton, de 58 anos, foi o mais velho medalhista e campeão olímpico no Rio. Em sua sétima Olimpíada, ele ficou com a primeira colocação na prova individual de saltos.
 
A atleta mais jovem a ficar com o ouro foi a chinesa Qian Ren, de apenas 15 anos, na plataforma de 10m dos saltos ornamentais.
 

 

 
 

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