Nuzman repete Neymar e diz: "críticos terão de engolir sucesso da Rio-2016"
Guilherme Costa e Rodrigo MattosDo UOL, no Rio de Janeiro
Capitão da seleção na campanha que rendeu o ouro olímpico do futebol masculino na Rio-2016, o jogador de futebol Neymar vociferou depois da conquista. “Agora vão ter de me engolir”, disse o camisa 10, repetindo um discurso que no futebol havia ficado famoso com o técnico Mario Jorge Lobo Zagallo. Nesta segunda-feira (22), o presidente do Comitê Organizador Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, também se apropriou do bordão.
Questionado sobre o resultado dos Jogos realizados no Brasil, o dirigente deu nota 10 à Rio-2016 e disse que os críticos terão de engolir o sucesso do evento.
“Foi um sucesso tremendo e extraordinário. O mundo se curvou ao Rio. Eu, como presidente do comitê organizador, estou extremamente feliz por esse reconhecimento nacional e internacional. Especialmente por aqueles que falaram tão mal em vários aspectos e hoje têm de engolir, como já foi dito por alguns que me antecederam no esporte”, disse Nuzman em entrevista coletiva.
O comitê organizador havia agendado para esta segunda-feira uma entrevista coletiva de balanço sobre os Jogos Olímpicos, mas cancelou o evento por questões de agenda de Nuzman. O dirigente, que também é presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), esteve apenas em um evento para falar sobre a participação nacional na competição. Por isso, evitou falar muito sobre a Rio-2016.
Nas poucas palavras sobre os Jogos, Nuzman praticamente repetiu a ode que já havia feito no último domingo (21), na cerimônia de encerramento da Rio-2016. Enalteceu a capacidade do país de receber um evento dessa proporção e exaltou também o desempenho dos atletas brasileiros.
“Os atletas brasileiros são heróis olímpicos. A atuação deles foi direcionada para ter a melhor performance, e muitos tiveram resultados que até então ninguém poderia imaginar. Gostaria de deixar um registro de que isso é um caminho. É um reconhecimento do esforço e da dedicação”, disse o dirigente.
O COB (Comitê Olímpico do Brasil) havia estabelecido meta de colocar o país entre os dez primeiros dos Jogos no quadro orientado pelo total de medalhas. Para isso, estimava que seriam necessários 23 ou 27 pódios. Os donos da casa, no entanto, coletaram apenas 19.