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Ministro ignora meta e diz que medalha não deve ser parâmetro de avaliação

Kleiton Amorim/UOL
Leonardo Picciani, ministro do Esporte imagem: Kleiton Amorim/UOL

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, afirmou neste sábado (20) que a meta de colocar o Brasil entre os dez países com o maior número de medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016 não era do governo. Apesar de o objetivo fazer parte do programa Brasil Medalha, lançado pelo governo federal logo após a Olimpíada de Londres, Picciani desconversou sobre a meta em entrevista concedida no último dia da Rio-2016.

“A meta não era do Ministério. Não posso considerar descumprida uma meta que não era do Ministério", disse ele. "O Ministério está satisfeito, tivemos a melhor participação em Olimpíada.”

O Plano Brasil Medalhas foi lançado em setembro de 2012, pela presidente Dilma Rousseff junto ao então ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Picciani assumiu a pasta neste ano por indicação do presidente interino Michel Temer, que chegou ao poder após o afastamento de Dilma.

Na opinião do ministro Picciani, aliás, o número de medalhas não é o melhor parâmetro para a avaliação do desempenho de atletas brasileiros numa Olimpíada. Segundo ele, apesar de o Time Brasil já ter conquistado seu maior número pódio nesta edição dos Jogos, o que deve ser considerado é o número de finais que esportistas brasileiros disputaram na Rio-2016:  foram 50 finais na Rio-2016, contra 36 em Londres-2012

"A conquista de uma medalha depende de uma série de fatores, das peculiaridades do dia. Portanto, não podem ser as medalhas o padrão de avaliação de atuação de uma delegação”, salientou Picciani. 

Meta é melhorar em Tóquio-2020

Picciani também não quis falar em medalhas com relação os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Segundo ele, a meta do governo federal é obter um resultado melhor do que o Rio. O Brasil deve terminar essa Olimpíada com 19 pódios.

Para isso, o governo pretende manter o nível de investimento feitos durante o ciclo olímpico que acaba com a Rio-2016. Um levantamento feito do UOL Esporte aponta que mais de R$ 3 bilhões foram aplicados no esporte pelo governo de 2012 a 2016.

Picciani lembrou, entretanto, que o valor dos investimentos depende da recuperação da economia nacional. "Evidentemente que a gente precisa que a economia cresça. Como o país está retomando seu crescimento, esperamos dispor de mais recursos que dispusemos", afirmou o ministro.

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