Com muito esporte na areia, Rio faz a 1ª Olimpíada de Verão no inverno

O surfe só vai ser olímpico nos Jogos de Tóquio-2020, mas ele foi muito praticado durante a Olimpíada carioca que termina neste domingo. Só não valiam medalhas as manobras nas ondas do Arpoador. Rio-2016 foi a primeira edição de uma “Summer Olympics” disputada totalmente no inverno. E com praia cheia e muito esporte na areia.

“Olimpíada no inverno nos trópicos é assim. No Rio, é verão o ano inteiro”, brincou Paulo Tenente, durante intervalo de uma partida sua no tênis de praia, um frescobol com rede e faixas delimitando a quadra.

Nos 16 dias de competição internacional no Rio, a média de temperatura foi de 25 graus Celsius, com mínima de 14 graus (no dia 13) e máxima de 34 graus (no dia 15). Esse é um clima típico de verão para a maioria dos atletas e torcedores visitantes. Mas para os cariocas houve momentos de “friozinho”, principalmente em duas frentes frias que entraram nesse período, que trouxeram ventos fortes, ressaca e chuva para a sede olímpica.

“O inverno carioca foi uma surpresa. Fez um frio que não se esperava”, opinou Susi Paiva, praticante de “street workout”, uma modalidade de força e equilíbrio que parece com a ginástica olímpica.

Desde 1924, os Jogos Olímpicos foram divididos entre os de verão e os de inverno. Antes disso, havia competições como hóquei e patinação no gelo misturados com atletismo e natação no programa do evento. Em 1956, em Melbourbe, na Australia, os jogos aconteceram entre o final de novembro e o começo de dezembro.

Até os Jogos do Rio, Sydney-2000 havia sido a única edição das Olimpíadas de Verão que havia ocorrido parcialmente no inverno. Foi uma semana no inverno e outra na primavera. Outras Olimpíadas que saíram do verão foram Tóquio-1964 (aconteceu no outono, porque o verão japonês é muito chuvoso) e México-1968 (também no outono). Aliás, os Jogos mexicanos foram a única edição que aconteceu nos trópicos antes do Rio.