Festa de encerramento sonolenta termina com equipe da Globo chorando no ar

Mauricio Stycer
Do UOL, no Rio de Janeiro
Reprodução
Renato Ribeiro, Galvão Bueno, Gloria Maria e Marcos Uchôa se emocionam no fim da cerimônia de encerramento da Rio-2016

Como seria de se esperar, a cerimônia de encerramento da Rio-2016 não teve o mesmo impacto nem causou a mesma empolgação que a festa de abertura. Com Galvão Bueno, Gloria Maria, Renato Ribeiro e Marcos Uchôa no comando, a Globo fez uma transmissão sóbria, bem diferente da exibida há duas semanas.

Desta vez, Galvão e Glória pouparam o espectador de momentos constrangedores, como haviam proporcionado na abertura, quando duelaram pelo direito de falar, atrapalhando a experiência de quem estava assistindo a festa. Em compensação, lendo o texto do roteiro, com poucas improvisações, provocaram até algum sono.
 
Glória chegou a tentar mudar de assunto, a certa altura, fazendo uma crítica ao público-alvo da Globo: "As pessoas ficam tirando selfie e deixam de viver as coisas bacanas”. Galvão, em tom de ressaca, parecia sem disposição de debater com a apresentadora. “Vamos ouvir um pouco”, pediu.
 
O discurso ufanista e populista de Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, destoou do clima da festa. Fora do tom, como na cerimônia de abertura, o cartola fez um balanço da Rio-2016 repleto de clichês grandiloquentes. “O Rio fez história para sempre”.
 
Desta vez não houve vaias ao presidente em exercício do Brasil, Michel Temer, ausente da cerimônia. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, por sua vez, foi aplaudido ao aparecer no centro do gramado como personagem do “Mario Bros.”, um jogo da Nintendo. Foi o momento mais surpreendente da noite.
 
Como não poderia faltar, um momento de Carnaval deu o tom final à festa - e aí, até quem estava com sono acordou.

 

E tome choro

 
Como aconteceu ao longo de toda a cobertura da Globo, ao final da cerimônia, os apresentadores da emissora choraram. Muito. A começar por Galvão, que já havia se emocionado na véspera, depois da vitória do Brasil no futebol, até o repórter Renato Ribeiro, que falou do orgulho que os brasileiros deveriam sentir com os Jogos. Com textos piegas, destinados a convencer o espectador de que a Rio-2016 foi a melhor Olimpíada de todos os tempos, os quatro deram a senha para o choro generalizado.