Olimpíadas 2016

Brasileiros ganharam 13,1% das medalhas de atletas militares na Rio-2016

MURAD SEZER / REUTERS
Rafael Silva, do judô, prestou continência no pódio ao receber medalha imagem: MURAD SEZER / REUTERS

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

Não é apenas na delegação brasileira que as medalhas conquistadas por militares são maioria na Rio-2016. Oficiais do país obtiveram 13,1% dos pódios coletados por representantes das Forças Armadas nos Jogos Olímpicos, segundo estimativa do CISM (Conselho Internacional do Desporto Militar, na sigla em francês).

A conta da entidade é que atletas militares recolheram 99 láureas na Rio-2016 até o momento. Os brasileiros colaboraram com 13 – o país angariou um total de 18 pódios (19, contabilizando a presença do vôlei masculino na decisão marcada para este domingo).

“Tivemos muitos bons exemplos de sucesso militar nos Jogos, como o Brasil. Eles têm um plano bem estruturado e bons representantes. Meu país teve duas medalhas, e ambas foram de militares. A Itália também teve muitos, mas no Brasil os resultados foram expressivos”, disse o coronel Abdul Hakeem Alshino, presidente do CISM.

O Brasil incluiu 145 militares entre os 465 atletas inscritos na Rio-2016. Esse contingente foi o resultado de um plano iniciado pelas Forças Nacionais em 2008, inicialmente voltado aos Jogos Mundiais Militares de 2011, no Rio de Janeiro.

As Forças Armadas do Brasil atualmente contam com 670 atletas inscritos em plano de alto rendimento (76 oficiais de carreira e 594 temporários). Esse grupo recebe R$ 15 milhões anuais do Ministério da Defesa em salários, além de R$ 3 milhões por temporada em inscrições e estrutura para participação em competições internacionais. O Ministério do Esporte contribuiu com outros R$ 120 milhões em reformas de instalações e R$ 25 milhões em custeio de viagens durante os últimos cinco anos.

O programa de alto rendimento dos militares brasileiros, portanto, tem um custo anual que gira em torno de R$ 47 milhões. Segundo o CISM, os países com aporte similar das Forças Armadas no esporte são Alemanha, China, França, Itália e Rússia.

“O esporte é algo típico em todas as Forças Armadas do mundo. A capacitação física, para ser mais preciso. Mesmo os países mais desenvolvidos, com maiores arsenais bélicos, valorizam muito isso”, disse Paulo Martino Zuccaro, vice-almirante e diretor do Departamento de Desporto Militar no Brasil.

Topo