! Adeus épico de Bolt e Brasil em alta põem doping em 2º plano no atletismo - 21/08/2016 - UOL Olimpíadas

Olimpíadas 2016

Adeus épico de Bolt e Brasil em alta põem doping em 2º plano no atletismo

Fábio Aleixo e Gustavo Franceschini

Do UOL, no Rio de Janeiro

O atletismo chegou ao Rio de Janeiro em crise e com sua popularidade à prova. O escândalo de doping no qual a Rússia se envolveu e levou ao banimento de todo o time e outros casos pelo mundo eram uma sombra à modalidade e foram tema durante os últimos meses. Mas graças aos feitos de Usain Bolt no Engenhão isso ficou em segundo plano ao menos por uma semana. 

A competição também viu um sopro de esperança para o atletismo brasileiro, que voltou a ganhar uma medalha de ouro e teve uma melhora em seu desempenho total.

Com as provas no Engenhão encerradas, resta apenas a maratona, que terá sua largada às 9h30 deste domingo.

Bolt se consolida como o maior velocista da história no adeus

O jamaicano fez o que se propôs e se converteu no primeiro homem na história a ser tricampeão dos 100 m, 200 m e revezamento 4x100 m.

"Nunca pensei que faria três vezes. Na primeira, fiquei feliz; na segunda, foi difícil; e a terceira é inacreditável. Botei a barra em uma altura que ninguém poderá me alcançar", afirmou.

Esta prova de superioridade foi a maneira de dizer adeus de forma triunfal. Aos 30 anos - completados neste domingo -, o astro já disse que não estará em Tóquio-2020. Sua despedida definitiva deverá ocorrer no Mundial de Londres, em 2017.

"Comecei um diálogo com ele (Bolt) para nos ajudar a desenvolver o esporte. Ele não é apenas um embaixador, tem um papel muito mais importante para ser desenvolvido e fazerem mais pessoas se engajarem com o esporte", disse Sebastian Coe, presidente da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (Iaaf).

Brasil tem ouro inédito e mais que dobra número de finais do último Mundial

Thiago Braz quebrou todas as expectativas e ganhou um ouro inédito no salto com vara com um salto de 6,03m. A marca foi 11 centímetros superior a que havia obtido em toda a sua carreira até então.

Além disso, o país alcançou outras seis finais: 3.000 m com obstáculos (Altobelli Santos), arremesso de peso masculino e feminino (Darlan Romani e Geisa Arcanjo), lançamento de martelo (Wagner Domingos, o Montanha) e  nos revezamentos 4x100 m e 4x400 m masculino.

No ano passado, no Mundial de Pequim, havia obtido apenas uma prata e chegado a outras duas finais.

Nos Jogos de Londres, em 2012, o Brasil  só se fez presente em três disputas por medalhas.

Além disso, no Rio, Caio Bonfim foi quarto na marcha atlética de 20 Km e Érica Sena a sétima. 

Fabiana Murer encerra carreira sem brilhar em Olimpíadas?

Campeã mundial outdoor e indoor do salto com vara, Fabiana Murer vai encerrar a sua carreira ao fim deste ano sem nunca ter conseguido sucesso em Olimpíadas. A atleta que chegou ao Rio com uma hérnia não conseguiu passar os 4,55 m na classificatória e nem sequer avançou à final.

Em Londres-2012 ela havia desistido de saltar nas eliminatórias por causa do forte vento Em Pequim-2008, as varas sumiram na final.

"Já tinha falado há algum tempo que esse seria meu último ano. É um bom momento de parar. Fui convidada para última etapa da Liga Diamante, em Bruxelas. Vou avaliar a evolução da lesão nos próximos 15 dias e resolver", afirmou a atleta de 35 anos.

Competição teve 9 quebras de recordes olímpicos e 3 mundiais

O Engenhão foi palco da quebra de nove recordes olímpicos, sendo um deles o de Thiago Braz no salto com vara com seus 6,03 m. A marca anterior era de 5,97 m e havia sido feita por Renauld Lavillenie em Londres-2012. O recorde olímpico mais velho a cair no Brasil foi o do arremesso de peso, que durava desde 23 de setembro de 1988. Ryan Crouser (EUA) fez 22,52 m para superar os 22,47 m do alemão Ulf Timmerman. Foram também derrubados três recordes mundiais, nos 400 m rasos masculino, 10.000 m feminino e lançamento de martelo feminino. 

Saltadora foi única representante da Rússia no Rio

Darya Klishina foi a única atleta da Rússia a receber aval da Corte Arbitral do Esporte (CAS) para estar na Rio-2016. Ela acabou na nona colocação na final do salto em distância, com a marca de 6,63 m.

Ela não quis falar muito sobre doping, mas mostrou-se feliz com a recepção que teve do público e dos demais atletas no Rio de Janeiro.

"Todas as garotas vieram me perguntar se eu iria saltar, pois havia incerteza até a última hora. Quando disse que sim, todas ficaram muito felizes.

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