Seleção descarta revanche por 7 x 1, mas vê 'resposta ao povo' após ouro
Dassler Marques, Pedro Ivo Almeida e Rodrigo MattosDo UOL, no Rio de Janeiro
A seleção brasileira não quer saber de dar à conquista do ouro olímpico sobre a Alemanha um ar de revanche após a derrota histórica por 7 x 1 na última Copa do Mundo.
Todos os jogadores abordados sobre o assunto na zona mista do Maracanã descartaram qualquer tipo de comparação e citaram termos como “casualidade” para minimizar o confronto deste domingo nos Jogos Rio-2016.
“Isso faz parte do passado. É algo que a gente em nenhum momento botou em nossa cabeça que era uma revanche. É outro ano, outra categoria, outros jogadores. Não pode pensar em coisa do passado. Pensamos em fazer o nosso papel. Foi uma casualidade pegar a Alemanha na final”, disse o zagueiro Rodrigo Caio.
O técnico Rogério Micale também descartou comparações com o duelo de 2014, mas ressaltou a necessidade de uma “resposta ao povo”.
“Era uma partida de olimpíada. Mas existia um sentimento de que precisávamos dar resposta ao nosso povo. Algo geral. Era uma resposta de competência dentro de campo”, comentou o comandante do time olímpico.
Na linha do discurso do chefe, um dos mais experientes do grupo, o meia Renato Augusto também rechaçou a relação entre os jogos. Por outro lado, disse que, se a vitória não apaga o 7 x 1, pode ao menos cumprir um papel de recuperação após momentos turbulentos nos últimos anos.
“Não tem muito o que comparar. A gente fica triste. Claro, vai ser uma cicatriz que vai ficar. A gente tem que mudar isso. Saio com orgulho tão grande de ser brasileiro. Acho que pode ser uma virada de chave”, analisou.
Em fase de recuperação, a seleção inicia uma nova fase nesta segunda-feira (22). O técnico da equipe principal, Tite, anunciará a sua primeira lista de convocados - para os jogos contra Equador (1 de setembro) e Colômbia (6) pela sequência das eliminatórias da Copa do Mundo 2018.