Resposta ao 7 x 1? Sem rancor, Brasil revê festa de Copa das Confederações
Quem chegou ao Maracanã neste sábado (19) esperando um confronto entre Brasil e Alemanha como resposta ao histórico 7 x 1 da Copa do Mundo de 2014 se decepcionou. Em campo e nas arquibancadas, salvo uma ou outra exceção, não eram notados rancor ou clima de revanche no duelo que decidia o ouro do futebol nos Jogos Rio-2016.
Era claro um certo ar de respeito de brasileiros a alemães. Nem mesmo o tradicional grito de “Alemanha, pode esperar, a sua hora vai chegar” ganhou eco. A goleada que selou a eliminação brasileira da última Copa do Mundo, então, nem era citada.
O clima mais parecia aquele verificado na Copa das Confederações de 2013, com um apoio intenso a um time que jogava bem e buscava o título no Maracanã. O bom desempenho se repetia e facilitava o cenário. O silêncio de 2014 não existia. Nem mesmo o empate alemão no início do segundo tempo de final olímpica abalou as arquibancadas.
Neymar, também presente em 2013 e ausente em 2014, era a estrela em campo e o preferido das arquibancadas.
A torcida gritava que o campeão voltou. Ainda que o Brasil não tivesse um ouro em olimpíadas, parecia mais uma clara referência ao reencontro com aquele clima de 2013.
Nem mesmo o nervosismo de uma prorrogação diminuiu a temperatura. A torcida deixava de lado músicas clichês em jogos da seleção e entoava “domingo eu vou ao Maracanã”. Quando o cansaço batia, alguns puxavam o grito de “levanta” para não deixar a festa morrer.
Muito festa, mas nada de gols. E a disputa de pênaltis veio para ratificar que o clima era mesmo diferente. O 5 x 4, com a última cobrança de Neymar, garantiu o inédito o ouro e deu a certeza que não havia espaço para lembranças do 7 x 1, mas sim para a festa de 2013. O inusitado “o campeão voltou”, enfim, se justificava.