Isaquias revela nervosismo para ajudar companheiro antes de 3ª medalha

Do UOL, no Rio de Janeiro
Marcos Brindicci/Reuters
Erlon Souza e Isaquias Queiroz após prata na C2- 1000 m

Isaquias Queiroz, primeiro brasileiro a conquistar três medalhas em uma mesma edição olímpica, revelou em entrevista a TV Globo que seu último compromisso nos Jogos, a prova C2-1000 m, na manhã deste sábado (20), foi o que mais lhe deixou nervoso. O motivo: queria ajudar o colega Erlon a subir no pódio.

A C2-1000 m é disputada em dupla, e o parceiro de Isaquias foi justamente Eron: "Eu tinha a obrigação de ajudá-lo, porque ele me ajudou muito nos treinos para eu ganhar as minhas medalhas individuais. Queria que ele tivesse esse privilégio também", confessou. A dupla ficou com a prata, atrás apenas dos alemães Sebastian Brendel e Jan Vandrey.

Anteriormente, Isaquias já havia levado uma prata (C1-1.000 m) e um bronze (C1-200 m). Ele será o porta-bandeira do país na festa de encerramento das Olimpíadas.

O atleta, ainda pouco acostumado com a fama, relatou dificuldade para realizar atividades cotidianas: "Quando eu saio na rua, não consigo mais andar", disse, com sorriso no rosto. "Fui no banco, na farmácia e não consegui andar uma esquina. Não tem mais aquela coisa de vou ao shopping tranquilo...", prosseguiu.

Erlon, também no programa, com a medalha de prata no peito, elogiou a torcida brasileira: "Esse calor brasileiro, da torcida daqui, não existe igual. Quando ouço um Brasil, parece que liga uma turbina lá atrás e vou embora", contou.