Ao conquistar a sua terceira medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro neste sábado, o canoísta brasileiro Isaquias Queiroz disse que ficou feliz com a empolgação da torcida diante de sua performance na Lagoa Rodrigo de Freitas ao longo da semana. Ao lado de Erlon Souza, ele conquistou a prata na categoria C2-1000 m após ter garantido outros dois pódios em provas individuais.

“Eu falei para o Erlon que ele merecia essa medalha. Não só eu, como a canoagem. Ele se esforçou ao longo da carreira dele. Nas minhas duas primeiras medalhas ele ajudou também. Então ele merecia também, independente da cor. A maior medalha que recebi foi ter visto as pessoas cantarem o hino nacional. Pô, a Lagoa estava chapada, não só hoje, como nos outros dias”, afirmou.

Isaquias Queiroz chegou ao Rio de Janeiro em busca de três medalhas e cumpriu a promessa com as pratas nas categorias C1-1000 m e C2-1000 m e o bronze na C1-200 m. Ele deixa o evento como recordista brasileiro de pódios em uma mesma Olimpíada, mas quer mais em Tóquio-2020.

“Com certeza eu vou para Tóquio. A gente veio aqui atrás de três ouros e eles não vieram. Agora vamos atrás disso”, completou.

Medalhas com muito treino e concentração

Isaquias aproveitou a oportunidade para destacar que a conquista de três medalhas não chegou de graça. Antes da Olimpíada, a equipe de canoagem do Brasil ficou concentrada por um longo período em Lagoa Santa (MG). Eram oito semanas de trabalho intercaladas por uma de folga. Além disso, a equipe optou por ficar fora da Vila Olímpica durante a estadia no Rio de Janeiro.

“Eu acho que queríamos ficar concentrados, sem ninguém perturbar a gente. A Lagoa foi essencial. Sentimos a água leve enquanto teve gente reclamando que a remada estava pesada. Foi boa essa parte de ficar trancado lá. Mas agora, sim, vou poder comemorar”, disse.