Sem dormir e de regime. Como foi trajetória de Bruno Schmidt até o ouro

Guilherme Costa e Leandro Carneiro
Do UOL, no Rio de Janeiro
Quinn Rooney/Getty Images
Bruno Schmidt, que teve atuação espetacular na final, comemora ponto do Brasil

Bruno Schmidt conseguiu um feito que poucos brasileiros alcançaram. Ser campeão olímpico no vôlei de praia masculino era algo, que até a última quinta-feira, só Ricardo e Emanuel haviam conquistado. Mas para chegar até o topo do pódio, ao lado do companheiro Alison, Bruno sofreu.

O atleta passou 15 dias sem dormir. Com pressão pelo favoritismo de ser campeão em casa, Bruno não conseguia dormir. "Todo dia, eu ia deitar 3h e acordava às 5h, cansado, ansioso. Era muita pressão. Tentei esconder isso o tempo todo, mas nunca senti tanta pressão na minha vida. Estou tão cansado, exausto", afirmou.

“Bruno vai implodir uma hora. Não demonstra sentimento. Está sem dormir há 15 dias, estou no quarto com ele. Durmo para caramba, gosto. De repente escuto barulho, sabia que ele estava andando. Ia no técnico conversar”, completou Alison.

As noites sem dormir resultaram em uma mensagem no mínimo curiosa de Bruno para Lais após a conquista do ouro. “Te amo, agora preciso dormir”, revelou a mulher do atleta.

De acordo com ela, esse jeito caseiro de Bruno faz até com que ele prefira não fazer festa depois do título. “Ele prefere um restaurante porque quer dormir tudo que não dormiu esses dias”, completou.

Regime

Bruno também passou por um processo de regime durante os Jogos Olímpicos. Quem revelou isso foi o pai do atleta, Luiz Felipe.

“Ele gosta de tudo, mas fez tanto regime, comeu tanta comida sem graça, que ele falou: 'amanhã quero arrebentar a boca, quero comer, quero beber'. Amanhã será um dia só de celebração”.