Futebol

Finalistas da Alemanha têm o dobro de experiência que Brasil de Micale

Pedro Vilela/Getty Images
Serge Gnabry e Julian Brandt defenderam Alemanha em 14 categorias diferentes imagem: Pedro Vilela/Getty Images

Dassler Marques

Do UOL, no Rio de Janeiro

A trajetória dos jogadores alemães que decidem a Olimpíada contra o Brasil no sábado é linear. No que diz respeito à experiência com a camisa do próprio país e à absorção de uma ideia de jogo, a equipe de Rogério Micale, que é favorita, estará em desvantagem no Maracanã. 

Se somadas as participações dos titulares alemães, são 63 convocações em diferentes categorias. Os mais rodados são o meia Max Meyer, do Schalke 04-ALE, e o atacante Julian Brandt, destaque da última temporada da Bundesliga pelo Bayer Leverkusen. Eles percorreram praticamente em todas as idades a seleção de seu país e já participaram, inclusive, do grupo principal. 

O currículo dos jogadores brasileiros em termos de seleção é bem mais irregular. Os 11 jogadores chamados por Rogério Micale somam 32 participações com a camisa amarelinha em diferentes categorias. Três deles, o goleiro Weverton, o lateral Zeca e o atacante Luan jamais haviam defendido o Brasil antes do time olímpico. 

Para o treinador Rogério Micale, essa diferença implica na intimidade com a ideia de futebol de cada seleção. "A Alemanha tem um modelo de jogo adotado em todas as categorias. É algo automatizado", resumiu o comandante brasileiro, que também admitiu: "ainda teríamos muito a crescer como equipe". 

"Estive lá, vi como funciona a Alemanha. Sei que todos os jogadores inferiores acompanham os passos dos outros para saber o que será feito para chegar maduro na equipe principal. É o processo. Queremos os seis meses finais da Alemanha e não os outros 12 anos que eles passaram", criticou ainda Rogério Micale em relação à ideia sobre futebol no Brasil. 

Uma das diferenças entre os dois países diz respeito ao calendário, algo que tem sido pauta de preocupações da CBF. A Alemanha tem convocações em todas as idades a partir dos 15 anos até os 21 anos e há Europeus de base com 17, 19 e 21. Já na América do Sul, os torneios são apenas Sub-15, Sub-17 e Sub-20. Mesmo assim, a CBF tem feito convocações de jogadores Sub-16 e Sub-18. 

A experiência dos alemães por seleções:

Horn: Sub-15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 23
Toljan: Sub-20, 21 e 23
Ginter: Sub-18, 19, 21, 23 e principal
Süle: Sub-16, 17, 18, 19 e 21
Klostermann: Sub-17, 19 e 21
Sven Bender: Sub-17, 19, 20, 23 e principal
Lars Bender: Sub-17, 19, 20, 21, 23 e principal
Max Meyer: Sub-15, 16, 17, 19, 21, 23 e principal
Gnabry: Sub-16, 17, 18, 19, 21 e 23
Brandt: Sub-15, 16, 17, 19, 20, 21, 23 e principal
Selke: Sub-16, 17, 18, 19, 20, 21 e 23

A experiência dos brasileiros por seleções: 

Weverton: Sub-23
Zeca: Sub-23
Marquinhos: Sub-17, 20, 23 e principal
Rodrigo Caio: Sub-20, 23 e principal
Douglas Santos: Sub-20, 23 e principal
Walace: Sub-20, 23 e principal
Renato Augusto: Sub-17, 20, 23 e principal
Gabriel: Sub-15, 17, 20, 23 e principal
Neymar: Sub-15, 17, 20, 23 e principal
Gabriel Jesus: Sub-20 e 23
Luan: Sub-23

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