Vôlei de praia

Após ouro, Bruno critica horário: "Vôlei de praia combina com sol"

Quinn Rooney/Getty Images
Bruno Schmidt, que teve atuação espetacular na final, comemora ponto do Brasil imagem: Quinn Rooney/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

Depois de encerrar a participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro com uma medalha de ouro no vôlei de praia, Bruno Schmidt desabafou sobre o horário dos jogos. Para o companheiro de Alison, a modalidade não deveria ter partidas à noite.

“Esse horário, para mim, não combina com vôlei de praia. Agora que acabou o torneio posso falar. Vôlei de praia combina com sol, calor. Foi uma dificuldade a mais. Eu, particularmente, não concordo. Tira um pouco do brilho do espetáculo”, declarou Bruno em entrevista coletiva nesta sexta-feira (19).

Alison e Bruno disputaram a final do vôlei de praia no início da madrugada de quinta-feira. A partida contra a Itália começou às 23h55 (de Brasília). 

Outras partidas da modalidade foram disputadas durante a noite e alguns atletas utilizaram uma roupa por baixo do uniforme, por causa da temperatura mais amena do horário. Desde as oitavas de final do torneio masculino, por exemplo, oito jogos foram realizados em horários noturnos, sendo que quase todos após às 22 horas.

Casamento que deu certo

Quinn Rooney/Getty Images
imagem: Quinn Rooney/Getty Images

A campanha de Alison Cerutti e Bruno Schmidt foi marcada por disputas difíceis e superação como uma lesão no tornozelo da Alison. E, de acordo com a dupla, o sucesso veio por causa da grande afinidade e parceria.

“Eu acho que a palavra essencial é respeito. Nós unimos essa dupla e toda a comissão técnica com o mesmo objetivo: ser campeão olímpico. Isso aqui é um casamento, convivemos mais juntos do que com nossos familiares. Eu sei o que ele gosta de comer, a hora que gosta de dormir, o que gosta de vestir... Mas é cada um no seu quadrado, temos muito respeito um pelo outro”, contou Alison.

Ainda segundo Cerutti, os momentos de complicações até conseguiram fortalecer a dupla durante o torneio.

“Quando há atrito, nosso técnico age como pai e dá aquele puxão de orelha. Nós nos completamos. Somos muito diferentes, mas temos o mesmo objetivo. A gente acredita muito um no outro, não desiste nunca. Passamos por momentos de dificuldades: vento, chuva, torci o pé. Mas acho que crescemos muito na adversidade. Por isso que essa dupla existe e é campeã olímpica”, exaltou.

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