TV americana diz que nadador brigou com segurança de posto de gasolina

Do UOL, em São Paulo

As informações sobre o suposto assalto sofrido por quatro nadadores dos Estados Unidos no Rio de Janeiro estão cada vez mais conflitantes. Após Ryan Lochte revelar que os atletas haviam sido assaltados enquanto retornavam de uma festa, e depois alterar sua versão ressaltando que o incidente ocorreu em um posto de gasolina, uma nova história foi publicada pela emissora norte-americana “ABC”.

Segundo informações publicadas pela emissora com base em relato de uma fonte próxima a policiais que participam da investigação, imagens de uma câmera de segurança teriam flagrado um dos nadadores quebrando a porta de um banheiro em um posto de gasolina, o que resultou em uma briga com um segurança do local. Ainda segundo a reportagem, as autoridades brasileiras estão desconfiadas que Lochte e seus colegas inventaram toda a história do assalto. 

Enquanto não há um consenso sobre o ocorrido, as investigações seguem acontecendo no Brasil, já que Ryan Lochte e Jimmy Feigen já retornaram para os Estados Unidos. Nesta quarta-feira (17), Gunnas Bentz e Jack Conger foram impedidos de embarcar no aeroporto Tom Jobim após a justiça brasileira decretar a apreensão dos passaportes dos atletas. 

O Comitê Olímpico dos EUA (USOC, em inglês) confirmou em comunicado que Bentz e Conger foram detidos antes de subir no avião e posteriormente foram liberados.

"Foram liberados pelas autoridades locais sob o acordo de continuar conversando sobre o incidente", explicou o porta-voz do USOC, Patrick Sandusky.

Enquanto isso, o advogado Sergio Viegas, que representa Bentz e Conger, explicou que os nadadores não poderão sair do Brasil pelo menos até prestarem novo depoimento

Mark Adams, do Comitê Olímpico Internacional, declarou que apoia as autoridades brasileiras que, no geral, fazem um excelente trabalho.

“A polícia tomou as medidas adequadas e, obviamente, nós apoiamos as autoridades brasileiras. Não podemos comentar esse incidente porque não sabemos exatamente os fatos. Temos que respeitar o sistema judiciário do país em que estamos. Conversamos com as autoridades de segurança para que eles saibam o que está acontecendo do nosso lado. Não cabe ao COI impor sua segurança aqui. Há um sistema que está funcionando”, declarou o executivo.