Basquete

Dream Team fica intrigado com gritos de futebol: 'não entendíamos nada'

Jim Young/Reuters
Carmelo Anthony vibra fora de quadra após ponto na partida de basquete entre Estados Unidos e Argentina, válida pelos Jogos Olímpicos de 2016 imagem: Jim Young/Reuters

Fábio Aleixo e José Ricardo Leite

Do UOL, no Rio de Janeiro

Os jogadores da seleção americana de basquete são os mais badalados do mundo, ganham salários milionários e atuam em ginásios lotados todas as noites nos Estados Unidos.  Mas o que eles viram no duelo com a Argentina na noite de quarta-feira pelas quartas de final da Olimpíada os deixou intrigados e impressionados: o clima de rivalidade futebolística entre torcedores brasileiros e argentinos nas arquibancadas da Arena Carioca 1.

As provocações vistas na Copa do Mundo de 2014 foram revisitadas pelos sul-americanos, mesmo sem a seleção brasileira estar em quadra. Os torcedores brasileiros provocam com a música "Mil gols" e, rapidamente, os argentinos respondiam com canções criticando a apatia dos torcedores locais.

Em certo momento da partida, os atletas do time americano começaram a olhar para o público tentando entender o que acontecia. Não conseguiram.

"Não entendia nada o que estava acontecendo. Imagino apenas que estivesse um cantando contra o outro (risos). Mas foi divertido. Esta é uma atmosfera diferente da qual estamos acostumados. Foi muito divertido", afirmou o ala Paul George.

Campeão da NBA com o Cleveland Cavaliers e Mundial com a seleção, o armador Kyrie Irving afirmou que se sentiu como um jogador de futebol.

"A atmosfera foi incrível e deveria ser assim em todos os eventos esportivos, com os espectadores apoiando. O Brasil não estava jogando, mas foi possível ver seus fãs apoiando o país. Nós estamos acostumados a jogar todas as noites em arenas para 20 mil pessoas. Os jogadores de futebol jogam para 100 mil. Acho que hoje foi o mais perto que me senti de um jogador de futebol", disse.

O comportamento das duas torcidas - brasileira e argentina - também foi tema de conversa entre jornalistas americanos após a partida. Eles se aproximaram da reportagem do UOL Esporte e questionaram o que as pessoas gritavam nas arquibancadas pois estavam sem entender nada.

Quando foram informados que eram gritos ouvidos em estádios de futebol e que até Maradona era ironizado por ser taxado como "cheirador", se assustaram: "Mas por que falam de futebol em um jogo de basquete? Não tem nada a ver"

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