! EUA terá 2ª chance após confusão no revezamento; Brasil fica fora da final - 18/08/2016 - UOL Olimpíadas

Relatos das provas

EUA terá 2ª chance após confusão no revezamento; Brasil fica fora da final

Do UOL, no Rio de Janeiro

Maurício Stycer e José Ricardo Leite

Com o desfalque de Ana Cláudia Lemos, a equipe brasileira não avançou à final da prova feminina do revezamento 4x100 metros dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. As atletas foram desclassificadas devido a uma confusão com o time dos Estados Unidos e não disputarão a decisão por medalhas ainda na noite desta quinta-feira (18). As americanas, no entanto, terão uma segunda chance.

Durante a prova, a brasileira Kauiza Venâncio tocou no cotovelo de uma das atletas americanas e acabou prejudicando as adversárias. As americanas, que acabaram na última colocação, se sentiram prejudicadas e decidiram recorrer. "Fui empurrada, estava completamente sem equilíbrio", falou a atleta Allyson Felix.

A Iaaf aceitou o recurso dos Estados Unidos e, além de desclassificar o Brasil, decidiu que as atletas americanas irão fazer uma nova prova. Elas deverão fazer um tempo melhor do que a equipe da China (42.70s), que ficou na última colocação, para conseguirem vaga na final.

“O bastão (dos EUA) já tinha caído. O erro foi praticamente delas, não nosso", diz Franciela Krasucki. “Estávamos dentro da nossa raia, em nenhum momento invadimos raia. Se tivéssemos, realmente seria um erro nosso, mas em nenhum momento prejudicamos elas", alega a atleta em entrevista ao Sportv.

Bruna Farias também não concordou com a eliminação. "As americanas que bateram na gente. Não fomos nós que batemos nelas. Não estamos entendendo por que fomos desclassificadas", disse.

"A gente tentou ver o vídeo, mas vi toque braço com braço. A americana confinou na raia, não sei porque nos desclassificou", acrescentou Rosângela.

Ana Cláudia não pôde participar desta etapa classificatória, por estar com uma lesão no joelho direito. Na noite de terça (17), o técnico da atleta na seleção, Katsuhico Nakaya, disse que a atleta não teria condições nem mesmo de participar da final da prova. "Entramos da mesma forma que entraríamos sem ela na equipe. Estávamos prontas para estar ali e fazer um grande resultado", comentou Rosângela.

Deste modo, o Brasil foi para a prova com Kauyza Venâncio, Bruna Farias, Franciela Krasucki e Rosângela Santos. Esperança de medalha para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a formação não conseguiu nem alcançar a final.

A saída de Ana Cláudia fez com que a equipe mudasse a ordem do revezamento. A velocista normalmente era a segunda a correr no time brasileiro, com Franciela sendo a terceira a receber o bastão. Sem Ana Cláudia, Franciela passou a fazer a segunda parte e Kauiza, nova integrante da equipe, ficou na terceira posição. Bruna Farias abriu o revezamento e Rosângela Santos foi a responsável por fechar.

Confira a regra da Iaaf que desclassificou as brasileiras:

Regra 163.2: Se um atleta (ou time) é empurrado ou obstruído durante a prova de modo que impeça seu progresso, então:

(a) se o empurrão ou obstrução é considerado não intencional ou causado por outra coisa que não um atleta, o árbitro poderá, se em sua opinião o atleta (ou time) foi seriamente prejudicado, ordenar que a prova seja repetida ou permitir que o atleta (ou time) prejudicado corra em uma prova subsequente.

(b) Se um outro atleta é entendido pelo árbitro como responsável pelo empurrão ou obstrução, esse atleta (ou time) deve ser passível de desqualificação daquele evento.

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