Rio-2016 condena vaias a francês e diz que trabalhará para orientar torcida
O diretor de comunicação do Comitê Rio-2016, Mário Andrada, condenou as vaias ao francês Renaud Lavillenie na noite desta segunda (15), no Estádio Olímpico, quando o francês disputava a medalha de ouro com Thiago Braz. O brasileiro ficou com o primeiro lugar.
“Não concordamos (com as vaias). A vaia não é uma atitude tolerável, principalmente quando um jovem brasileiro está brigando por medalhas. Vamos reforçar nossas campanhas em redes sociais”, disse Mário Andrada.
O porta-voz do COI Mark Adams foi menos contundente, mas classificou a atitude da torcida como negativa. “O entusiasmo deve ser canalizado para o lado positivo”, comentou.
O rival do brasileiro saiu muito bravo da prova após ficar com a prata e reclamou da torcida, que o vaiou. "Não houve fair play por parte do público. Isso é para futebol, não para o atletismo. Em 1936, o público estava contra Jesse Owens. Não víamos isso desde então. Preciso lidar com isso. Para as Olimpíadas, não é uma boa imagem. Não fiz nada para os brasileiros", declarou ele logo após a derrota.
Na manhã desta terça (16), com cabeça fria, ele pediu desculpas pela comparação com o nazismo, mas voltou a reclamar da atitude dos torcedores. "Eu não aceito que me vaiem em um salto olímpico. Mas eu acho que é compreensível. E me desculpem pela comparação, falei com cabeça quente e não medi. Obrigado aos franceses que estavam no estádio e me apoiaram. E os outros, divirtam-se em me criticar, isso me faz rir”, escreveu Lavillenie em seu perfil nas redes sociais.