Futebol

Vadão critica futebol feminino do Brasil: "não temos trabalho de base"

Fabio Aleixo/UOL
Vadão, técnico da seleção brasileira feminina de futebol imagem: Fabio Aleixo/UOL

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

Na véspera da semifinal do Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro contra a Suécia, o técnico da seleção feminina, Vadão, fez críticas ao atual estágio do futebol feminino no Brasil. Para ele, a empolgação da torcida e a boa campanha em casa podem ajudar no desenvolvimento da modalidade no país.

"Nosso trabalho de base não existe. Não temos na escola, em cidades... a maioria das meninas não tem onde jogar futebol. Elas começam a jogar com 14, 15 anos... Nossa esperança é que a gente traga motivação para que as pessoas ajudem a desenvolver nossa modalidade que está muito carente", disse.

O Brasil disputa a semifinal contra as suecas às 13h (de Brasília) desta terça-feira, no Maracanã. Uma vitória garante ao menos a medalha de prata para a seleção feminina.

Vadão disse que, apesar dos problemas com o futebol feminino, o momento é de se concentrar. "Mas não temos que pensar nisso agora. É momento de se concentrar, aproveitar a oportunidade. O Maracanã faz parte da cultura mundial. Fazer esse jogo aqui nos deixa ainda mais motivado. Vamos focar nesse jogo", disse.

O tom crítico do treinador não chega a ser uma novidade. Antes da Olimpíada, na véspera da estreia, contra a China, Vadão já tinha pedido mais atenção ao trabalho de formação: "A medalha [de ouro] não salvará o futebol feminino no Brasil. Só será salvo quando todos se abraçarem e falarem: vamos realmente trabalhar e desenvolver a modalidade aqui. É isso que falta".

Topo