Estigmatizado durante alguns anos como um jogador que pouco defende a seleção, o pivô Nenê foi o grande destaque da vitória do Brasil contra a Nigéria nesta segunda-feira. O atleta do Houston Rockets foi o cestinha contra nigerianos e argentinos, encerrando a primeira fase como o melhor jogador da equipe de Rubén Magnano. O bom desempenho em quadra fez os gritos de “olê, olê, olê, olê, Nenê, Nenê!” ecoarem pela Arena Carioca 1 .

A reação dos fãs nesta segunda-feira foi muito diferente em relação à passagem de Nenê pelo Brasil em outubro de 2013, em amistoso do Washington Wizards contra o Chicago Bulls, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o pivô, assim como Leandrinho, foi vaiado pelo público na Arena HSBC por pedir dispensa da seleção durante a disputa da Copa América.

“Fiz o meu melhor para o meu time. Jogar com essa torcida é incrível. É sempre um orgulho representar o país. Vai ficar para sempre este momento”, contou Nenê, que, emocionado, passou rapidamente pela zona mista após a vitória contra a Nigéria.

O Brasil precisa esperar o final do encontro entre Argentina e Espanha, marcado para as 19 horas, para saber seu futuro na Rio-2016. Os brasileiros têm que torcer para que os argentinos triunfem ante os espanhóis para que avancem às quartas como quarto colocado do grupo A. Ironicamente, a seleção caiu diante da Argentina na rodada anterior e tem que depender dos vizinhos para manter-se vivo na Olimpíada em pleno Rio de Janeiro. E o cruzamento na próxima fase é contra o melhor do Grupo B, os Estados Unidos.

Leandrinho destaca emoção do amigo

Companheiro de equipe e amigo de Nenê, Leandrinho confirmou que o apoio da torcida que foi à Arena Carioca 1 mexeu com o pivô.

"Acho que eu sou o mais próximo dele e sei o quanto ele sofreu. Fui meio que um braço direito dele", contou.

"Acho que sim (se emocionou). Teve uma hora ali que eu fui comemorar com ele, e ele falou: 'P***, neguinho, não esperava'. Eu falei: 'Esperava, sim!'. Ele sofreu muito", revelou.