! Okimoto soube que tinha sido bronze pela Globo: "Não segurei as lágrimas" - 15/08/2016 - UOL Olimpíadas

Natação

Okimoto soube que tinha sido bronze pela Globo: "Não segurei as lágrimas"

Adriano Wilkson

Do UOL, em São Paulo

A nadadora Poliana Okimoto soube que tinha sido medalhista olímpica por meio da TV Globo. Depois de ter completado os 10 km da maratona aquática em quarto lugar, ela já dava entrevistas para os repórteres da emissora quando soube da decisão dos árbitros de desclassificar uma das competidoras.

“Quando fiquei em quarto, saí satisfeita da prova porque eu dei meu máximo, sabia que não tinha o que dar mais”, explicou ela depois de subir ao pódio. “Mas quando veio o terceiro, eu chorei, foi muito emocionante. O pessoal da Globo avisou. As meninas ali atrás já tinham dito que tinha acontecido alguma coisa, mas não era oficial. Aí eu não consegui segurar as lágrimas.”

O público que compareceu à praia de Copacabana também viveu a surpresa do pódio inesperado de Poliana. Primeiro, quando nem ela nem Ana Marcela Cunha tinham conseguido a medalha, a torcida se decepcionou e alguns até choraram.

Minutos depois do resultado ser anunciado, as locutoras oficiais, que comentavam a prova em telões montados na praia, anunciaram que um movimento proibido da francesa Aurelie Muller estava sob investigação e a classificação poderia ser mudada.

Depois, quando um locutor anunciou oficialmente a desclassificação da francesa, a torcida comemorou bastante. "Eu mereci muito essa medalha", disse Poliana, ainda com os olhos marejados.

Técnico e marido de Poliana diz que francesa mereceu ser punida

Depois da prova, Ricardo Cintra, o técnico e marido de Poliana Okimoto comentou a desclassificação de Aurelie Muller

"A francesa bateu a cara na boia e aí pegou a menina (italiana) e a abaixou e bateu na frente. Isso é desclassificação, não pode fazer", disse ele, ex-nadador. "Foi intencional. Essa menina é bem babaquinha, se acha. Aliás como todo francês. Eu vi que tinha sido isso e falei: alguma coisa vai acontecer, não é possível. Se não entrasse a Itália com o recurso, a gente iria entrar, porque pra mim foi nítido."

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