! Alison e Bruno superam ventania, campeão olímpico e estão na semifinal - 15/08/2016 - UOL Olimpíadas

Relatos das provas

Alison e Bruno superam ventania, campeão olímpico e estão na semifinal

Leandro Carneiro

Do UOL, no Rio de Janeiro

A dupla brasileira de vôlei de praia formada por Alison Cerutti e Bruno Schimidt se classificou, nesta segunda-feira (15), à semifinal do torneio olímpico da modalidade. E para tanto, além de baterem os rivais norte-americanos Philip Dalhuasser e Nicholas Lucena por 2 sets a 1 (21/14 12/21 e 15/9), venceram também uma ventania em Copacabana.

Na próxima fase, Alison e Bruno enfrentarão a dupla Brouwer/Meeuwsen, da Holanda. Eles venceram os compatriotas Nummerdor/Varenhorst, por 2 a 0. 

A primeira parcial se mostrou equilibrada até o ponto cinco, mas na sequência só deu Brasil na arena. Um "passeio", que terminou em 21 a 14. Os ventos, que atingiram velocidade próxima a 80 km/h, eram tão fortes que chacoalhavam a todo instante os monitores na mesa em que se posicionou a imprensa. Nem isso, no entanto, afastou o público que lotou o palco do duelo, após enfrentar longa fila.

"Na hora que o árbitro iniciou a partida, entrou mesmo esse ciclone. Então isso aumenta ainda mais a dificuldade, mas acho que o importante aqui foi que a gente lidou com a situação, tentar iniciar o set da maneira boa", falou Bruno Schmidt.

Marcio Jose Sanchez/AP
imagem: Marcio Jose Sanchez/AP

O time rival, que conta com o campeão olímpico de Pequim-2008 Dalhausser, "entrou no jogo" no set seguinte e pulou na frente anotando os cinco primeiros pontos. Os brasileiros pediram tempo para diminuir o ímpeto dos oponentes, e a estratégia deu certo - pelo menos a princípio. Depois do domínio dos norte-americanos, Alison e Bruno reduziram a diferença para apenas dois pontos, em um 13 a 11. O jogo não fluiu na sequência, e a reação se mostrou infrutífera: o set terminou em 21 a 12 para os visitantes. 

O confronto foi decidido no tie-break, set de desempate que vai só até 15 pontos. E a boa largada dos brasileiros foi fundamental, somada ao apoio da torcida, regida pelo "maestro Alison Mamute", que comandava o show nas arquibancadas com vibração, batidas no peito e mãos no ouvido.

Na parcial final, a dupla anfitriã buscou tirar Dalhausser do jogo, concentrando as investidas em Lucena. Deu certo. O penúltimo ponto saiu em um bloqueio na ponta dos dedos de Alison. O que fechou a partida, em um forte ataque do mesmo jogador, para levar as arquibancadas à loucura. O desfecho reflete o ponto forte do Brasil no embate: Mamute foi o maior pontuador, com 26 bolas viradas. Seis delas em bloqueios e outras 20 em ataques. 

 

Topo