Relatos das provas

Queniana abre vantagem no último quilômetro e vence maratona feminina

 Alexander Hassen/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

Jemima Sumgong, do Quênia, foi a primeira mulher a cruzar a linha de chegada da maratona feminina dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, neste domingo (14). A atleta de 31 anos conseguiu abrir vantagem no último quilômetro e faturou a medalha de ouro com tempo de 2:24:04.

Sumgong ficou sete minutos abaixo do recorde mundial de 2:17:42, estipulado pela britânica Paula Radcliffe em 2009. Ela esteve mais próxima da marca olímpica de 2:23:07 que Tiki Gelana (ETI) cravou em Londres-2012. A  queniana divide o pódio com a segunda colocada Eunice Kirwa, queniana naturalizada pelo Bahrein que chegou nove segundos depois; e a terceira Mare Dibaba, da Etiópia, que fez 26 segundos a mais que a campeã olímpica.

Campeã mundial em 2015, Dibaba ficou para trás a dois quilômetros do final e a disputa foi concentrada entre Sumgong e Kirwa. Ambas dividiram a liderança até a altura do Museu do Amanhã, onde a queniana aumentou o ritmo e entrou no Sambródromo já com um pé no lugar mais alto do pódio. 

Ritmo cresce após início lento

 JOHANNES EISELE/AFP
imagem: JOHANNES EISELE/AFP

Os cinco quilômetros iniciais foram lentos, com as africanas segurando o ritmo e engordando o primeiro pelotão. Entre as favoritas ao pódio, a etíope Tigist Tufa sentiu contratura no quilômetro 17 e abandonou. As dez primeiras atletas chegaram à metade da maratona com grande vantagem para as demais, e a bielorussa Volha Mazuronak se aventurou na liderança por um bom tempo.

Africanas esticam na segunda metade

Johannes EISELE/AFP PHOTO
imagem: Johannes EISELE/AFP PHOTO

Vencidos os primeiros 25 quilômetros, as etíopes Tirfi Tsegaye e Mare Dibaba dividiam as primeiras posições com a queniana Jemima Sumgong, a bielorussa Mazuronak, e Rose Chelimo e Eunice Kirwa, ambas do Bahrein. A norte-americana Shalane Flanagan acompanhava o pelotão de perto, aproximando-se a afastando-se dependendo do momento da prova.

Escapada nos quilômetros finais

David Ramos/Getty Images
imagem: David Ramos/Getty Images

Ao cruzar o 36º quilômetro, Kirwa (BAH), Dibaba (ETI) e Sumgong (QUE) aceleraram o passo e se descolaram de Tsegaye (ETI) e Mazuronak (BIE). Sabendo que Dibaba tem um sprint final melhor, Kirwa tentou disparar antes para abrir vantagem da etíope, mas as três primeiras correram juntas ainda por quatro quilômetros. Na marca do 40º km, Dibaba ficou para trás e a disputa do ouro ficou entre Kirwa e Sumgong.

Brasileira chega na 69ª posição

Adriana Aparecida da Silva foi a melhor brasileira da prova. Ela fechou os 42 km na 71ª posição com tempo de 2:43:22, 19 minutos acima da campeã olímpica. Marily dos Santos veio pouco depois com 2:45:08 no 78º lugar; enquanto Graciete Santana foi 128ª com 3:09:15.

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