! "Pequenos" e notáveis: Marquinhos e R. Caio brilham e sustentam seleção - 14/08/2016 - UOL Olimpíadas

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"Pequenos" e notáveis: Marquinhos e R. Caio brilham e sustentam seleção

Danilo Lavieri e Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

Além de conseguir a classificação à semifinal dos Jogos Olímpicos, o Brasil alcançou um feito extra com a vitória sobre a Colômbia na noite de sábado, na Arena Corinthians. Se somado o amistoso pré-Olimpíada contra o Japão, a defesa brasileira alcançou 450 minutos sem ser vazada no ciclo que a leva adiante na Rio-2016.

Diante dos colombianos, com atacantes rápidos, fortes e que surgiam de toda parte, afinal eram quatro jogadores ofensivos na equipe de Carlos Alberto Restrepo, os zagueiros brasileiros tomaram conta. Marquinhos e Rodrigo Caio mantiveram o desempenho das partidas anteriores e deixaram o campo celebrados como os melhores da noite.

No reencontro com Borja, centroavante do Atlético Nacional-COL e que enfrentou na semifinal da Copa Libertadores, Rodrigo Caio ganhou quase todos os duelos. Ao final, Borja sofreu até amarelo por atirar a bola em Rodrigo. Na etapa inicial, após um escorregão, o zagueiro fez um corte salvador contra Pabón. Foram sete interceptações, ao todo, segundo o site Opta.

"A gente se comportou muito bem e preciso dar mérito a todos. Fico feliz pela partida defensiva, acho que estamos fazendo uma Olimpíadas muito boa. Estamos focados. A gente (Marquinhos) não se conhecia a verdade é essa. A gente treinou muito neste início, juntos. E queremos trabalhar firme lá atrás para dar tranquilidade para frente", disse o jogador.

Marquinhos, por sua vez, também não ficou atrás e fez grande exibição no estádio do clube onde foi formado. Dados mostraram que ele foi o defensor com maior índice de acerto de passes (acima de 90%) e também o brasileiro com o maior número de desarmes. Um deles, diante do mesmo Borja no segundo tempo, fez o público todo aplaudir de forma efusiva.

Evaristo Sá/AFP
Marquinhos desarma na estreia do Brasil, um dos cinco jogos sem sofrer gols imagem: Evaristo Sá/AFP

Sem perfil de zagueiros “corpulentos”, Rodrigo Caio, de 1,82 m, e Marquinhos, de 1,83 m, justificam uma aposta quase pessoal do treinador Rogério Micale. Para ele, o jogador da posição não precisa ser necessariamente alto, mas preencher os seguintes requisitos: ter um bom passe para contribuir na saída de bola e ser veloz e determinado para não perder duelos individuais.

Antes da Olimpíada, ao ser perguntado se havia a preocupação com a altura dos zagueiros, Micale explicou: “são jogadores leves, ágeis, e para o modelo de jogo que queremos implantar se exige uma recuperação muito forte. Eles se enquadram no perfil de equipe mais que em características individuais. Compete ao treinador criar uma forma de jogo que, se vier a existir dificuldade na estatura, que se consiga minimizar. É explorar o que eles têm de melhor”, destacou na época.

Diante da Colômbia, ainda havia uma dificuldade extra para os dois zagueiros. Marquinhos e Rodrigo Caio jogaram pendurados e, mesmo muitas vezes no mano a mano, saíram de Itaquera sem cartões. Assim, garantiram presença também na semifinal diante de Honduras, quarta-feira, no Maracanã. 

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