Morte de mãe de atleta vira motivação para seleção de handebol na Olimpíada
Fábio AleixoDo UOL, no Rio de Janeiro
A seleção brasileira feminina de handebol sofreu um baque no último dia 9 quando a ponta esquerda Fernanda Silva recebeu a notícia de que sua mãe havia morrido após passar por uma cirurgia delicada. Em seu perfil no Facebook, a jogadora fez um desabafo na noite de sexta-feira e tornou público um tema que era tratado em sigilo pela Confederação Brasileira e por ela própria.
Fernanda não quer comentar o tema e pede respeito ao momento delicado que está vivendo. Após o Brasil bater Montenegro e garantir a classificação para as quartas de final da Olimpíada com a primeira colocação da chave, ela passou pela zona mista sem falar com os jornalistas.
Mas suas companheiras, que têm se esforçado ao máximo para prestar apoio neste momento de dificuldade, afirmaram que isso servirá ainda mais de motivação para o time nacional em busca de uma medalha olímpica inédita.
"Somos um grupo, somos uma família que fica ainda mais fortalecida depois disso. Eu vivi esta mesma situação com a morte da minha mãe antes do Mundial de 2013 e fomos campeãs. Temos feito tudo por ela (Fernanda) e seguiremos dando este apoio", afirmou a goleira Babi.
"Sabíamos que mãe dela iria passar por uma cirurgia delicada e havia riscos. Infelizmente aconteceu, mas temos dado toda força a ela. A Fernanda é muito forte e segue assim e nunca pensou em desistir. Vocês podem ver que ela segue com muita força. É sempre uma motivação a mais e um elemento de superação para o nosso time", afirmou Dani Piedade, uma das atletas mais experientes do time.
"Já tive conversas com ela, assim como todo o grupo. Estamos aqui para abraçar-nos", completou.
O técnico Morten Soubak foi questionado sobre o assunto, mas afirmou que não teria nada a comentar, assim como Duda e a goleira Mayssa. Disseram se tratar de um assunto particular.