Olimpíadas 2016 - Vê TV

Glenda se desculpa no ar por grito e chora com prata de Diego Hypolito

Reprodução/TV Globo
Glenda Kozlowski chora ao vivo na Globo após medalha de prata de Diego Hypólito imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

Mais uma vez criticada pelos internautas pelo elevado tom da voz e pelo excesso de intervenções, Glenda Kozlowski voltou a ancorar sozinha uma transmissão da ginástica olímpica na tarde deste domingo (14). Em êxtase, torceu com empolgação pelos brasileiros Diego Hypolito e Arthur Nory, consagrados com as conquistas das medalhas de prata e bronze, respectivamente, na competição de solo da ginástica artística masculina.

"Diego Hypolito já é medalhista olímpico! Momento lindo, momento histórico, momento especular. Quis o destino que em 2008, Pequim, ele caísse sentado quando ele era o favorito, e perdeu. Quis o destino que oito anos depois, na frente da sua torcida, na sua casa, depois de superar uma depressão, ele fosse medalhista", exaltou a narradora global, mais uma vez apelando para a emoção e alguns berros.

A própria Glenda fez questão de se desculpar por um deles, no momento da vitória brasileira. "Eu também gritei aqui, peço desculpas ao pessoal de casa se ficou agudo demais. É porque é um momento inesquecível", explicou-se.

"Tá todo mundo chorando, a Dani [Hypolito, irmã de Diego], a Daiane [dos Santos, ex-ginasta e comentarista da emissora], chorando muito do meu lado", narrou.

No Twitter, a forma como Glenda se portava em sua narração voltou a merecer comparações com Galvão Bueno, principal voz da Globo, que se autointitula "vendedor de emoções". A apresentadora e narradora seguiu o estilo do colega em vários momentos, com discursos emotivos e bastante torcida pelos atletas brasileiros na transmissão.

"Muito bom, Diego, tá muito bom. Espetáculo, Daiane, que momento emocionante, espetacular, de superação. Faz 15 anos que ele defende o Brasil na seleção principal, teve uma lesão seríssima no ano passado, séria mesmo, conseguiu se recuperar, muita gente pensou que ele fosse parar. Levanta a galera aqui no ginásio. Diego Hypólito do Brasil! Essa apresentação foi linda e ali o grito do guerreiro, o grito de alguém que persistiu e fez muito para estar nesta final. Olha, 15.533, já foi melhor que o Uchimura [ginasta japonês], melhor que o Uchimura", relatou, celebrando o ótimo resultado de Hypólito, que mais adiante se confirmaria como o segundo melhor da competição.

"E que momento bonito do esporte brasileiro. Você ver esse encontro de gerações, o Diego com 30 anos, o Arthur Nory com 22 anos, um se inspirou no outro, e hoje dividem aí uma final olímpica. Realmente, é um momento muito especial do esporte brasileiro. Certamente tem muitas crianças assistindo essa final agora, crianças que de repente podem pensar ou não em praticar ginástica, mas de certa forma estão sendo influenciadas por esses ginastas todos", narrou, logo após a também boa apresentação do ginasta medalha de bronze na Rio-2016.

Vitórias sacramentadas, Glenda interrompeu o colega Marcos Uchôa, assim como Daiane, para, chorando, fazer um discurso bastante emotivo sobre o quão especial foi para ela a conquista de Diego Hypólito.

"Uchôa, eu tô assim com a voz um pouco trêmula, porque, de fato, essa história eu acompanhei muito de perto. Conheci o Diego quando ele era bem pequenininho, com 9 anos de idade, no ginásio do Flamengo, e depois acompanhei a história dele. Eu estava em Pequim, fiz toda a cobertura da preparação dele para essa Olimpíada e foi um dos momentos mais tristes que eu vi do esporte brasileiro, de perto, quando ele era favorito e caiu de bunda, como ele diz. Foi muito triste, e depois essa volta por cima dele. Ano passado, fiz uma entrevista enorme, ele falando da depressão, e que bom escutá-lo desse jeito, Diego".

"É merecedor, como atleta, como cidadão brasileiro, como alguém que acredita no esporte e acredita na superação, que pode chegar em qualquer lugar", finalizou.

Diego Hypolito e Arthur Nory levam prata e bronze no solo

Topo