Andreia Bandeira passa às quartas e vibra por "torcida maravilhosa" no boxe
Eduardo OhataDo UOL, no Rio de Janeiro
A pugilista brasileira Andreia Bandeira estreou na Rio-2016, neste domingo (14), com vitória sobre a panamenha Atheyna Bylon. O triunfo se deu por decisão dividida dos árbitros (2-1), na fase preliminar do torneio peso médio feminino (até 75 kg).
Nas quartas de final, Bandeira enfrentará a chinesa Qian Li, em duelo que acontecerá na próxima quarta-feira (17), às 15h. Bylon deu adeus à competição.
"Nunca lutei contra a chinesa, vamos ver vídeos dela", disse, na saída do ringue, Ela ainda avaliou negativamente seu desempenho devido ao nervosismo. E acrescentou, para exaltar a importância de subir no pódio: "Temos a medalha da Adriana em 2012 [bronze], agora quero fazer a minha história em 2016, dentro de casa. Seria uma medalha importante para mim e para o boxe".
Na Arena Riocentro, desde o primeiro minuto, a torcida vibrou por Andreia e o canto de "uh, vai morrer", nascido no MMA, tornou a ser ouvido, como nas lutas de brasileiros pelos torneios masculinos do boxe olímpico.
"Foi difícil a ansiedade de esperar uma semana para estrear. Bater o peso, segurar o peso... Essa torcida é maravilhosa", disse.
Na decisão, originalmente, dois juízes marcaram empate e um, vitória para a panamenha. Como o confronto é eliminatório, não pode haver empate. Ambos deliberaram e decidiram a favor da atleta da casa.
Bylon começou o combate com mais intensidade, usando envergadura para atingir a rival, mas a brasileira equilibrou o confronto - e até acertou o golpe mais contundente do primeiro round. Dos três juízes, um deu vitória para Andreia no assalto inicial e dois deram para a panamenha.
O equilíbrio seguiu: ao fim do segundo período, dois árbitros marcavam empate. No terceiro, o penúltimo, mais incisiva e procurando briga franca, Bandeira passou à frente, ao menos na visão de dois juízes. No quarto, todos os árbitros viram vantagem de Bylon.
O resultado final foram dois empates (38 a 38) e uma vitória para a panamenha (39-37). Os empates, por força da regra e após deliberação, tornaram-se pontuação a favor da brasileira.