Rivalidade em alta e trauma de Neymar. Colômbia é inimiga íntima do Brasil

Danilo Lavieri e Dassler Marques
Do UOL, em São Paulo
Alexandre Schneider/Getty Images
Jogadores da Colômbia concentrados no início da partida contra a Nigéria na Arena Corinthians

O Brasil entra em campo na Arena Corinthians neste sábado (13), a partir das 22h (horário de Brasília), para enfrentar uma inimiga íntima nas quartas de final dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro: a Colômbia.

É contra ela que Neymar viveu seus piores momentos com a camisa da seleção brasileira. Até por isso, a rivalidade recente entre as seleções tem crescido bastante nos últimos encontros. O rival sul-americano ainda tem atletas bem conhecidos de torcedores e jogadores brasileiros, especialmente os são-paulinos.

Ricardo Mazalan/AP Photo

Neymar e a Colômbia

Foi contra a Colômbia que Neymar ganhou dias para esquecer. Primeiro, em 2014, durante a Copa do Mundo, o atacante do Barcelona sofreu uma joelhada nas costas de Zúñiga. A pancada fraturou uma vértebra e o tirou do restante da competiçao.

Depois, na Copa América de 2015, o atacante caiu na provocação dos rivais e partiu para briga. Tentou acertar uma cabeçada em Murillo, foi expulso e suspenso por quatro partidas. Na ocasião, teve seu controle emocional contestado e passou a ser chamado de irresponsável. De lá para cá, nunca mais foi unanimidade como um grande jogador vestindo a camisa da seleção.

Miguel Schincariol/AFP Photo

Borja e o Atlético Nacional

Ao entrar em campo e cumprimentar os adversários, Rodrigo Caio terá memórias pouco agradáveis. a seleção colombiana conta com quatro atletas do Atlético Nacional, que eliminou o São Paulo na semifinal da Libertadores sem muitas dificuldades. O mais conhecido deles é Borja.

Autor dos quatro gols do confronto, o atacante defende as cores do seu país após se destacar na Libertadores. Ao seu lado, a convocação original da Colômbia ainda contou com outros três atletas que estiveram no campeão da competição sul-americana: Felipe Aguillar, Sebastian Pérez e Bonilla.

Micale e Restrepo são amigos

Pouco conhecido do público até as Olimpíadas, Micale já circula em cursos de treinadores há muito tempo. Em um desses, no Chile, o técnico da seleção brasileiro ficou amigo justamente de Carlos Restrepo, treinador da Colômbia.

Micale falou da coincidência e disse manter o contato com seu companheiro de profissão até hoje. Na entrevista coletiva, Restrepo preferiu deixar a amizade de lado e prometeu infernizar a vida do Brasil.

“Conheço Micale, conheço sua ideia de jogo. Ele quer retomar um Brasil alegre, de ataque em velocidade, de recuperação de bola, e com um Neymar que faz parte desse modelo de jogo. A pressão do estádio pesará para nós, pois a decisão começará 0 a 0, e a torcida brasileira vai querer apoiar a sua seleção. Mas, se as coisas não saírem bem, é possível que esse apoio se reverta”, afirma o técnico colombiano.

REUTERS/Paulo Whitaker

Pabón, ex-são-paulino

Outro atleta que reencontrará Rodrigo Caio e outros atletas que enfrentou durante sua passagem pelo São Paulo será Pabón. O atacante não teve muito sucesso no Morumbi e foi para Monterrey, do México.

Mas isso não quer dizer que ele minimize seu período na maior cidade do país. “Como um jogador de futebol, você joga em várias cidades diferentes na carreira e é especial estar aqui de volta. Não passei muito tempo aqui, mas os fãs mostraram muito amor por mim. O melhor ainda é que retorno aqui do jeito que eu queria, que eu planejava”, disse Pabón em entrevista ao site da Fifa.