Paraolimpíadas

Rio-16 vai revisar organização de Jogos Paraolímpicos em busca de economia

Tony Gentile/Reuters
Mario Andrada, diretor de comunicação da Rio-2016 imagem: Tony Gentile/Reuters

Vinicius Konchinski

Do UOL, do Rio de Janeiro

Em crise por falta de recursos, o Comitê Organizador da Rio-2016 anunciou neste sábado que vai revisar toda a organização dos Jogos Paraolímpicos em busca de economia. O diretor de Comunicação do órgão, Mario Andrada, disse nesta manhã que, assim como já aconteceu na Olimpíada, procedimentos serão revistos visando a encontrar custos que poder ser cortados.

“Da mesma maneira, como fizemos os Jogos Olímpicos, nós estamos revendo todos os procedimentos dos Jogos Paraolímpicos. Temos conversado com o IPC [Comitê Paralímpico Internacional, na sigla em inglês] em busca de sinergias e dos problemas na Olimpíada, mas vamos produzir Jogos icônicos”, afirmou Andrada, sobre a revisão.

Na Olimpíada, essa revisão gerou cortes em gastos com energia, alimentação e transporte, por exemplo. Federações internacionais chegaram a criticar a Rio-2016 por conta das medidas.

O próprio Andrada admitiu que, a venda de ingressos para a Paraolimpíada –fonte de recursos para a organização do evento--, estão muito abaixo do esperado. Medidas foram tomadas para tentar aumentar a comercialização, mas elas não funcionaram. Uma nova campanha de marketing será lançada após o fim dos Jogos Olímpicos.

“A venda de ingressos está bem abaixo do esperado. Tentamos tomar medidas e parece que não foram efetivas”, reconheceu Mario. “Agora, dependemos da energia dos Jogos Olímpicos para vender mais ingressos paraolímpicos. Uma nova campanha de marketing e mídia também está sendo preparada.”

Na entrevista coletiva, Andrada chegou a ser questionado sobre a possibilidade de o programa de esporte dos Jogos Paraolímpicos ser alterado. Ele disse que o Comitê Rio-2016 não estuda corte de competições.

Patrocínio e ajuda do governo

Andrada disse que, em busca de mais recursos, o Comitê Rio-2016 ainda negocia patrocínios. Segundo Mario, empresas estatais e listadas na bolsa na bolsa de valores estão negociando com o órgão. O diretor da Rio-2016 não deu mais detalhes sobre essa negociação.

De acordo com a Folha de S.Paulo, uma decisão liminar da Justiça Federal determinou que nenhuma empresa estatal ou o próprio governo faça repasses ao Comitê Rio-2016 até que o órgão torne pública todas as suas contas e demonstre que precisa ajude financeira de órgão ligadas à esfera pública.

Andrada afirmou o Comitê ainda não teve acesso a todo o teor da decisão e, portanto, não vai comentar o assunto por enquanto.

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