Hope Solo recebe fortes críticas: "não deveria representar mais os EUA"
A goleira Hope Solo recebeu muitas críticas nos Estados Unidos por ter chamado a seleção sueca de “um bando de covardes” após a derrota do país nas quartas de final do torneio olímpico de futebol. Jornais americanos viram uma atitude não condizente com a história olímpica da jogadora, que buscava o terceiro ouro nos Jogos do Rio de Janeiro.
A colunista do USA Today, Nacy Armour, foi uma das mais ácidas na crítica, sugerindo inclusive que Hope Solo não deveria mais representar os Estados Unidos. "Os comentários de Solo não foram condizentes nem com uma estrela americana nem com uma atleta olímpica. Ela nunca deveria usar o uniforme dos EUA novamente”, disse.
A coluna ainda critica o comportamento da goleira diante das provocações da torcida, que pegou no seu pé desde a estreia pelo fato de a norte-americana ter postado uma foto toda paramentada para enfrentar a ameaça do zika no Brasil. E ainda lembra de outras polêmicas em sua carreira;
“Não há dúvida de que ela é a melhor goleira de futebol, de agora e talvez de sempre. Mas a sua propensão para as más escolhas, tanto em palavras como em atos, faz dela um representante horrível para os Estados Unidos”, disse.
"Fãs brasileiros zombaram dela com gritos de "Zika! Zika!" depois que ela postou fotos de sua coleção de repelente de mosquitos. Ela causou um racha dentro da equipe na Copa do Mundo de 2007, passando a perna em seu treinador e uma companheira de equipe depois que ela foi retirada antes da semifinal. Não importa se ela estava certa. Jogadores-chave não se colocam no centro das tempestades”, completou.
No mesmo jornal, dois comentaristas aparecem em um vídeo comentando a atitude de Solo. Rick Strom diz que a goleira não soube perder.
No Los Angeles Times, uma coluna de Bill Plashcke segue a mesma linha com o seguinte título: “Declarações de Solo mostram que os Jogos Olímpicos nem sempre trazem o melhor”. Fazendo uma comparação com a conquista de Simone Manuel e sua alegria genuína por ganhar a medalha de ouro na natação, o articulista não deixa barato para a goleira.
“Como os esportes que celebra, os Jogos Olímpicos não constroem o caráter, eles revelam. Em um iluminados momentos a cerca de 600 milhas de distância nesta sexta-feira, o mundo viu a América no seu melhor e pior”, disse.
“Tudo começou com uma perda, de jogo e de dignidade, de uma goleira sem classes que nunca deveria estar nessa equipe olímpica. Hope Solo deveria ter sido tirada há muito tempo por, entre outras coisas, uma acusação de violência doméstica que ainda está em processo. Mas o futebol dos EUA precisava dela para ganhar a Copa do Mundo passada, e agora está pagando o preço por precisar dela novamente’, completou.