Brasil empata com Egito e adia classificação inédita no handebol masculino

Depois de uma vitória histórica sobre a líder do ranking mundial Alemanha na rodada passada dos Jogos Olímpicos, a seleção masculina de handebol apenas empatou com o Egito neste sábado (13), por 27 a 27. O resultado impediu que o Brasil saísse da Arena do Futuro já comemorando uma classificação inédita às quartas de final.

Apesar do empate, o Brasil segue bem próximo de passar de fase no masculino pela primeira vez na história das Olimpíadas. A equipe está na terceira colocação do Grupo B, com cinco pontos, atrás apenas de Alemanha e Eslovênia, que têm seis. Quatro dos seis times da chave avançam.

Para carimbar a vaga no mata-mata sem depender de outros resultados, a seleção precisa apenas vencer a lanterna Suécia na última rodada, segunda-feira (15). Porém, pode comemorar antes, sem nem entrar em quadra: caso os suecos vençam a Polônia mais tarde neste sábado, o Brasil já estará classificado, já que os dois times só poderão chegar a quatro pontos.

Maik faz defesas geniais, puxa torcida e comanda reação

Assim como nas outras partidas, o goleiro Maik foi um dos grandes destaques do Brasil. A atuação do camisa 1 nos minutos finais foi fundamental para a seleção não perder o jogo: além de fazer defesas cruciais em sequência - como em um tiro de 7 metros faltando 30 segundos -, ele agitou os braços várias vezes para pedir o apoio da torcida, que retribuiu à altura com gritos de "Eu acredito". Novamente, a Arena do Futuro fez a diferença para o time brasileiro.

Brasil não encontra seu ritmo

Empurrada novamente por uma torcida que fez da Arena do Futuro um caldeirão, o Brasil não conseguiu impor seu jogo diante dos campeões africanos. Errando muito nas decisões ofensivas, a seleção perdeu gols de frente para o goleiro Khalil e encontrou dificuldades para achar o ritmo ideal: ora com pressa demais, ora com pouca agressividade. O Egito aproveitou os erros brasileiros para ir para o intervalo ganhando por 15 a 13.

Seleção busca empate em final eletrizante

O Brasil lutou e buscou o empate na segunda etapa, mas parecia que não era o dia. O Egito acertou quase tudo na defesa e complicou os chutes brasileiros – a seleção passou a se precipitar nos arremessos e facilitar para Khalil. Com ótimo aproveitamento na frente, a equipe africana conseguiu se manter à frente no placar durante quase todo o período.

Só nos últimos minutos o Brasil conseguiu buscar a igualdade, em um final de jogo emocionante. Primeiro, Maik defendeu um tiro de 7 metros faltando 16 segundos. Na sequência, com o goleiro comemorando, a arbitragem anulou um gol por cobertura do Egito ao marcar falta. E o Brasil ainda teve uma chance para vencer o jogo no último lance da partida, com o cronômetro já zerado, mas parou na defesa.