Agatha e Bárbara se classificaram para as oitavas de final dos Jogos Olímpicos na quarta-feira. Mas, mesmo assim, elas não tiveram muito tempo para estudar suas adversárias. O motivo foi que o nome das rivais só foi definido no fim da noite da última quinta-feira, quase no início desta sexta-feira.

Com isso, as duas tiveram de se programar para dormir pouco antes do confronto contra Yue Yung e Fan Wang. Ao menos foi o que garantiu Agatha depois da partida.

“A gente estudou, acordou 6 horas da manhã, dormiu só 6 horas. Nosso time gosta de estudar, não entrar na loucura. Levantou 6 horas e falou, tem essa não, quer ganhar, vamos embora”, falou Agatha.

Apesar do aperto para estudar as rivais, Agatha disse que não ficou chateada com o pouco tempo entre o sorteio e a hora de entrar em quadra.

“A gente soube era 11h30 da noite, soube, ai meu Deus do céu, super tarde. A gente tinha noção que ia ser 11 horas, só queria saber quem eram adversárias. Sabia que era 11 horas, não sabia contra quem, quando souber, vamos tentar dormir e imaginar que outro time também não vai ter tempo. Foi nossa tática para não ficar chateada pode saber quase meia-noite”, afirmou.

“Confesso foi um pouco apreensivo saber em cima da hora. Mas acho que isso não prejudicou a gente. Fez o contrário, a gente se blindou muito em não ficar desgastando energia no que não tem controle. Sabia que nossa parte a gente tinha de fazer. Isso que a gente focou”, completou Bárbara.

A atleta ainda disse que isso não é comum no vôlei de praia, mas alertou que pode se repetir outras vezes.

“Não é comum, foi a primeira, mas também pode não ser a última. Talvez possam verificar em relação a tabela, os jogos estão terminando muito tarde. O sorteio já seria tarde. Como falei, a gente não tem controle disso. Se é questão só da organização, se é a televisão que quer transmitir jogo em tal horário”, finalizou.

Torcida especial

Depois da vitória por 2 a 0, Agatha se virou para a torcida procurando uma pessoa. Depois de alguma busca, ela finalmente encontrou Renan Rippel, preparador físico da dupla e seu marido.

“Estava procurando o maridão, não sabia onde ele estava. Mas depois eu achei.  Muito bom (ter a família na quadra). Família veio em peso, vida inteira atrás desse sonho e eles dando força, na hora que está realizando, eles precisam estar do lado. Eu não ia admitir que não viessem”, finalizou.