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Força Nacional errou ao entrar na comunidade, diz ministro da Defesa

Vanderlei Almeida/AFP
Ministro da Defesa, Raul Jungmann participa de evento no Rio de Janeiro e explica plano para a Olimpíada imagem: Vanderlei Almeida/AFP

Adriano Wilkson e Daniel Brito

Do UOL, no Rio de Janeiro

O ministrou da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira, 11, que a Força Nacional cometeu um erro ao entrar na comunidade da Maré na quarta-feira, 10, onde policiais foram vítimas de um ataque a tiros. Dois policiais se feriram, e um deles continua em estado grave, correndo risco de morrer.

“É bom lembrar que o comandante disse que,eles foram insistentes na recomendação: os comboios [de segurança] não deveriam jamais entrar em comunidade, deveriam permanecer nas vias expressas, as chamadas vias olímpicas”, disse o ministro ao visitar o centro olímpico de hipismo, na Zona Oeste do Rio.

Segundo Jungmann, a Força Nacional está orientada a atuar apenas em áreas onde estão acontecendo competições ou por onde transitam pessoas ligadas aos Jogos Olímpicos.

“Pode ter sido engano, cheguei a ver as imagens, eles [os policiais] vêm normalmente pela Av. Brasil e, de repente, eles infletem à direita. E aí aconteceu. E lá é uma comunidade que tem os seus problemas. Na verdade, isso se dá muito mais por um erro, seja por uma falha não intencional, do que qualquer outra coisa.”

O ministro afirmou que as polícias estão investigando os autores do disparo. 

Forças de segurança estão fazendo ‘vasculhagem’ na Maré

O ministro afirmou que as polícias estão investigando os autores do disparo. O complexo da Maré passou viu a entrada de veículos do Bope enquanto o exército e a força nacional fizeram as barreiras nos acessos.

“Ainda durante a madrugada o exército apoiou a formação de barreiras para evitar evasões”, disse Jungmann. “A abordagem era feita pela Força Nacional. E o Bope fez um processo de vasculhagem, digamos assim, em busca dos responsáveis, a esse hora a operação deve ter se concluído.”

Jungmann também comentou outra agressão, essa cometida contra um ônibus que transportava jornalistas na Av. Transolímpica. Ainda não se sabe se o objeto que atingiu o ônibus e quebrou uma janela foi uma pedra ou um bala.

“O que aconteceu com aquele ônibus”, disse o ministro, “pode ter sido uma pedra, e ele pode ter sido alvo de um protesto, uma vez que a construção da via atravessa uma comunidade que poderia não estar satisfeita com ela”.

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