William assume posto de "auxiliar" de Bernardinho do lado de fora da quadra

Leandro Carneiro
Do UOL, no Rio de Janeiro

William chegou a sua primeira Olimpíada apenas com 37 anos. E, mesmo na reserva de Bruninho, o levantador tem tido um papel importante na seleção brasileira. O jogador se porta como se fosse um auxiliar de Bernardinho do lado de fora da quadra.

A todo instante na partida contra o Canadá, exceto nos momentos em que estava jogando, William orientava os seus companheiros. Ele dava dicas para Bruninho, Serginho, Maurício, Lucarelli, sempre tentando ajudar no desempenho da equipe.

“Cara, estar do lado fora é dor no fígado, muito nervoso não estando dentro da quadra ali. É impressionante. Procuro ajudar da melhor maneira. Como levantador consigo ver de fora um pouco mais. Tento ajudar a todo momento que consigo enxergar, para ajudar o Bruno que no calor do jogo você acaba fazendo algo no automático, falo para sair, baixar um pouco ansiedade e visualizar um pouco, sei que é difícil, então ajudo”, falou.

De acordo com William, essa postura vem com ele desde o seu clube, o Sada/Cruzeiro. Na seleção, ele tem a liberdade de Bernardinho para fazer essa orientação.

“No clube, eu faço isso o tempo todo. Minha posição favorece isso, está sempre lendo os bloqueadores, lendo o jogo, lendo a outra equipe. Então, liderança a maioria tem, eu tento ajudar na forma de visualizar o jogo de alguma coisa que estou vendo. Até o Bernardo me dá liberdade para isso, falou que eu posso chegar e falar alguma coisa tanto para ele, como para os outros. Me deu total liberdade e procuro ajudar”, completou.

E quem acha que os palpites de William podem incomodar os jogadores, Bruninho, capitão do time, revela que essa troca de ideias é importante para o jogo.

“A gente tem amizade muito grande. Está quase sempre junto, trocando ideia. Cara que admiro pela qualidade, técnica dele, ousadia. Craque mesmo. Ter um cara como ele do meu lado é muito importante, cara experiente, sempre dando toque. Pergunto coisa para ele. São coisas que a gente se completa. Isso é muito importante”, finalizou.